Humberto Costa defende pacto nacional para combater a seca

Após visitar no último fim de semana municípios do Sertão Pernambucano, o senador Humberto Costa subiu hoje à Tribuna para falar sobre o problema da seca. Segundo o petista, a situação crítica exige uma articulação entre o Congresso, os gestores e a União. Entre as ações propostas por Humberto está a realização de um encontro entre os ministros que cuidam de ações relacionadas ao problema da estiagem prolongada e senadores.
“Nós parlamentares, Governo Federal, governos estaduais, prefeituras e movimentos sociais devemos trabalhar em conjunto para buscar tanto soluções mais rápidas e eficazes, como um trabalho mais aprofundado com impacto duradouro na região”, afirmou Humberto.
Humberto fez um relato sobre situação no interior de Pernambuco, onde visitou recentemente os municípios de Custódia, São José do Egito, Tabira e Serra Talhada. Além de ver de perto a situação dos moradores, o senador recebeu de lideranças uma série de reivindicações, como a aceleração das obras da transposição do Rio São Francisco e da Adutora do Pajeú.
“Não houve chuva praticamente durante todo este ano no Interior de Pernambuco. No período chuvoso, de outubro a março, as precipitações ficaram 75% abaixo da média esperada na maior parte do Sertã. Nas áreas onde houve mais chuvas, a queda no índice pluviométrico chegou a 50%”, afirmou o senador.
Segundo Humberto, a mobilização é urgente. “O que está em jogo, lembra ele, é a vida de milhares de pessoas, além do desenvolvimento da Região. A falta de chuva não prejudica só a agricultura e a pecuária, já que a água, no interior de Pernambuco, é escassa até para o consumo humano”, disse.
Humberto lembrou algumas ações que o Governo Federal vem fazendo para amenizar o problema e cobrou mais agilidade. “Medidas emergenciais são fundamentais. Mas precisamos imprimir um ritmo mais forte aos grandes projetos estruturadores em andamento, como a transposição das águas do Rio São Francisco”, afirmou.
Dados – O problema da seca no Brasil bateu recorde este ano. Dos 5.564 municípios existentes no País, 2.339 (ou 42%) tiveram as circunstâncias de vulnerabilidade das pessoas reconhecidas pelo Ministério da Integração Nacional, até o dia 22 de agosto, data da última atualização.
Em todo o Brasil, apenas três estados (Amapá, Roraima e Tocantins) e o Distrito Federal não possuem nenhum município com portarias de reconhecimento de situação de emergência – medida que serve de autorização para acesso a benefícios e créditos liberados pela União.
Fonte: do Blog de Humberto.