Humberto Costa: redução da desigualdade no País orgulha brasileiro

O senador petista chamou de “revolução das prioridades” o resultado de recente pesquisa divulgada pela FGV.

O líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo no Senado, Humberto Costa (PE), subiu à tribuna nesta terça-feira (28/06) para comemorar pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), intitulada “Os Emergentes dos Emergentes”, coordenada pelo economista Marcelo Neri, que revela que o Brasil foi o único país da elite dos emergentes a crescer reduzindo as desigualdades sociais.
“Orgulhamo-nos disso tudo registrado por essa pesquisa e, mais do que isso, ficamos felizes por estarmos no caminho certo”, afirmou ao chamar de “revolução das prioridades” a mobilidade social apontada pelo estudo. “O País realiza o sonho de crescer, mas crescer com distribuição de renda aqui e agora, crescer para todos os brasileiros e todas as brasileiras”, ressaltou.

Assista ao discurso do senador sobre o tema:
 
 

Segundo ele, o resultado mostra que ocorreu uma mobilidade inédita na pirâmide social brasileira. Para a FGV, este ano de 2011 é o décimo-primeiro ano consecutivo em que o Brasil reduz o abismo das desigualdades entre ricos e pobres.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio revela ainda que a renda do brasileiro cresceu 1,8 ponto percentual acima do PIB nos últimos 8 anos. “E a renda dos brasileiros mais pobres cresceu seis vezes mais que a renda dos mais ricos”, destacou.
Os dados revelam que, desde 2003, primeiro ano de governo Lula, até este que é o primeiro ano do governo Dilma, 50 milhões de brasileiros ascenderam para as classes A, B e C.
“Enquanto o mundo tenta sair da estagnação econômica, e os países ricos têm taxas de desemprego cada vez maiores, o Brasil colocou 50 milhões de pessoas no mercado consumidor. Sabe o que são 50 milhões de pessoas? Uma Espanha inteira”, comemorou Humberto.
O senador petista ainda lembrou que entre os países emergentes, os chamados Brics – que inclui o Brasil, Rússia, Índia, China e a África do Sul – o Brasil foi o único a casar crescimento econômico com justiça social, onde a renda dos mais pobres cresceu mais que a renda dos mais ricos.
O economista Marcelo Neri, autor do estudo, atribuiu este resultado positivo ao aumento da educação e do trabalho formal. Nos primeiros quatro meses de 2011 foram criados 798 mil novos postos de trabalho no Brasil. E nos oito anos, foram geradas 14 milhões de novas vagas.
“Não é por acaso que a Carteira de Trabalho tornou-se o grande símbolo da nova classe média brasileira”, disse Humberto.
O economista da FGV ainda apontou que programas sociais como o Bolsa Família contribuem fortemente para mudar o cenário da desigualdade social no País.
Humberto Costa fez também um importante alerta de que há ainda significativas desigualdades regionais a serem superadas, em especial em relação às regiões norte e nordeste. Quase todos os trinta municípios com maior participação das classes A, B e C na população estão situados na região Sul do País. Enquanto no norte e nordeste ainda concentram os municípios com maior participação das classes D e E.
O senador enfatizou que este quadro está sendo revertido graças à política de desenvolvimento regional implementada pelo Governo Lula e reafirmada pela Presidenta Dilma. E chamou atenção para que esta política de investimento educacional seja aumentada.
“Para que o Brasil possa levar a cabo essa revolução, no entanto, é fundamental manter a direção e o foco das políticas públicas que vêm sendo implementadas, investir cada vez mais em educação e formação profissional, capacitar a nova classe média brasileira para ocupar os postos no mercado de trabalho e investir em ciência e tecnologia”.
Fonte: Liderança do PT no Senado.
Foto: André Corrêa / Lid. PT Senado.