Humberto diz que atrasar o Enem mostra incompetência e tentativa de dividir a sociedade

Para Humberto, decisão “gerar conflito, enfrentamento e violência na sociedade". Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado
Para Humberto, decisão “gerar conflito, enfrentamento e violência na sociedade”. Foto: Marcos Oliveira/ Agência Senado

 
 
A decisão do Ministério da Educação adiar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para estudantes que fariam as provas em escolas ocupadas mostra a incompetência e a má intenção do ministro Mendonça Filho (DEM). A afirmação é do líder do PT no Senado, Humberto Costa. Para ele, o objetivo do ministro, ao decidir atrasar parte dos exames, prejudica os alunos e tem como objetivo “gerar conflito, enfrentamento e violência na sociedade”.
“Se o Ministério da Educação quisesse realizar o Enem e tivesse realmente a preocupação de que todos pudessem fazer o exame, ele simplesmente marcaria para outros lugares as provas que estão marcadas para essas escolas que estão ocupadas. Mas o que o governo Temer quis foi colocar estudante contra estudante, pai de aluno contra pai de aluno, sociedade contra professores. É mais uma demonstração da má intenção que esse governo tem”.
Humberto lembrou que o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mudou alguns locais de votação durante a eleição exatamente para que não existissem conflitos. “Apenas 2,2% dos alunos que farão o Enem terão suas provas adiadas. É inconcebível que um órgão como o Ministério da Educação não tivesse habilidade para remanejar as aulas para outros locais. Só uma gestão como a do ministro Mendonça Filho, mais conhecido como ministro ‘Mãos de Tesoura’, pelos cortes que tem feito na educação, para operar com tamanha incompetência e má intenção. Essa medida arbitrária vai prejudicar muitos jovens”, afirmou.
Segundo o senador, o movimento de ocupação de escolas e universidades mostra a resistência da sociedade ao governo de Michel Temer (PMDB), que defende a provação da PEC 55 (que era PEC 241 na Câmara dos Deputados), que vai congelar os gastos em saúde, educação, infraestrutura e assistência social. “Mais de mil escolas estão ocupadas. Este é, sem dúvida, um dos maiores protestos estudantis de todo o mundo e mostra a rejeição a esse projeto ilegítimo que tenta impor uma agenda de arrocho aos pobres, professores, estudantes e ao povo de uma maneira geral”. finalizou Humberto Costa.