Humberto diz que Temer discrimina o Nordeste e cobra solução para impasse sobre repatriação

Para Humberto, o pacote de Temer é injusto e nocivo para a região Nordeste. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no Senado
Para Humberto, o pacote de Temer é injusto e nocivo para a região Nordeste. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no Senado

 
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, cobrou do governo de Michel Temer (PMDB), uma solução para o impasse com os governadores do Nordeste sobre a proposta de ajuste fiscal da União, que determina as condições para que estados possam acessar parte dos recursos das multas do programa de regularização de ativos não declarados à Receita, conhecido como Lei da Repatriação.
Na semana passada, governadores se reuniram e divulgaram uma carta criticando a proposta e levantando uma série de pontos que consideram fundamentais para alavancar novamente a economia da região, como a retomada da Transposição do Rio São Francisco e a liberação de empréstimos.
Segundo Humberto, o pacote de Temer é injusto e nocivo para a região. “Essa proposta trata como iguais estados desiguais. Não dá para determinar um modelo pronto de ajuste, como se todas as unidades da federação vivessem a mesma situação. E o pior: sem que houvesse um diálogo realmente efetivo com os gestores”, afirmou o senador.
Humberto disse ainda que há uma mudança de rumo e de tratamento com a chegada de Temer ao poder. “Há um total descaso do governo Temer com a nossa região. Nos governos do PT, Pernambuco e todo o Nordeste sempre foram prioridade e foi exatamente por isso que a nossa região teve um grande salto de desenvolvimento”, afirmou.
Para Humberto, é importante que haja uma mobilização de toda a região contra a medida. “Sabemos porque Temer está penalizando o Nordeste. Foi daqui que saíram parte dos votos que garantiram a vitória de Lula e a de Dilma. O que ele quer agora é trazer de volta imagem que ficou para trás, um tempo em que existam flagelados da seca, querem transformar a região em curral eleitoral. Não vamos aceitar isso”, afirmou.