Jornalista elogia artigo do senador Humberto e pede menos burocracia

O jornalista Aldo Paes Barreto, do jornal Diario de Pernambuco, publicou no último domingo (5/6) em sua coluna, intitulada Diario Econômico, um elogio ao projeto da Lei de Responsabilidade Sanitária e ao artigo sobre o tema do senador Humberto Costa (PT-PE). O texto pede ainda a diminuição da burocracia no governo, o que, segundo o jornalista, permitiria que boas iniciativas, como o Programa Farmácia Popular, funcionassem melhor. Leia abaixo o comentário na íntegra e clique aqui para ler o artigo “Responsabilidade com a saúde”, de autoria do senador :
Em artigo publicado na última quinta-feira neste Diario de Pernambuco, o senador Humberto Costa (PT-PE), escreveu sobre projeto de lei de sua autoria, em tramitação no Congresso, “que estabelece as responsabilidades… dentro do SUS”. “Com obrigações claras – acrescenta – é possível cobrar melhores resultados dos entes públicos, além de aperfeiçoar os mecanismos de controle de despesas”.
É salutar a preocupação do senador, principalmente no que se refere ao controle de despesas. Os gastos com a saúde têm sido formidável sangria no combalido organismo nacional, ferida aberta para a entrada de oportunistas formas de corrupção. Licitações fraudadas, venda de medicamentos com prazo perto do vencimento, remédios falsificados, são doenças comuns. Barrar essas práticas já seria enorme injeção de animo. Contudo, há antiga e quase invencível moléstia a ser atacada: a burocracia.
É o que estaria ocorrendo com o elogiado Programa Farmácia Popular. Criado para ampliar o acesso aos medicamentos às doenças mais comuns entre os brasileiros, o programa tem rede própria de farmácias, mas permite parceria com a rede privada. No Recife essa parceria está limitada à uma única rede – a Pague Menos – que nem sempre dispõe dos medicamentos oferecidos e tem que consultar o sistema, às vezes “fora do ar”, para liberar o remédio. Uma das drogas fornecida pelo Programa contra a hipertensão – a Hidroclotamida – está sempre em falta. Outra, a Sinvastatina, usado na redução do colesterol, também não é encontrada. Neste caso, a farmácia oferece o similar Sinvascor. Mais barato no comércio.
Combater essa burocracia necessita mais do que a ação do poder público. Exige permanente vigilância dos consumidores.
Fonte: Diario de Pernambuco.