Paralisia atual do país é resultado da perseguição da Lava Jato a Lula, diz Humberto

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A paralisia do país causada pelo governo Bolsonaro é, na avaliação do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), resultado do desvirtuamento da Lava Jato por projetos personalistas cada vez mais evidentes, que resultaram na prisão de inocentes como Lula, líder de todas as pesquisas de intenção de voto nas eleições do ano passado.
“O resultado da prisão injusta de Lula está aí: o Brasil está pagando hoje por esse desgoverno, com o país completamente à deriva”, declarou. O senador afirmou, nesta quarta-feira (20), que a operação que nasceu para combater a corrupção – e cumpriu, em parte, seu papel – acabou fazendo perseguições com desrespeito à lei e à Constituição, como no caso de Lula.
Para Humberto, Sérgio Moro, o primeiro juiz da Lava Jato, que parecia haver virado o único magistrado do Brasil, por concentrar tudo da operação, trucidou o direito para perseguir e condenar Lula injustamente. Vazou, inclusive, conversas dele com a presidenta da República e delações fantasiosas às vésperas das eleições, criminalizando o PT.
“Depois, assistimos ao juiz ser agraciado pelo candidato adversário, Jair Bolsonaro, com o cargo de ministro da Justiça, que ocupa atualmente à espera de uma vaga no Supremo Tribunal Federal ou de alguma oportunidade eleitoral”, criticou.
O parlamentar ressaltou que a operação, iniciada para combater desvios de R$ 50 bilhões na Petrobras, foi além dos limites ao gerar perda econômica para o país 3 vezes maior, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis.
No discurso, Humberto também disparou contra o que chamou de aberração da Fundação Lava Jato. De acordo com o líder do PT, essa instituição foi criada por um acordão dos iluminados de Curitiba, à margem da lei, para desviar R$ 2,5 bilhões do Tesouro Nacional e financiar a promoção pessoal, sabe-se lá com que finalidade, dos autores dessa entidade supra-estatal.
“As evidências demonstram claramente que Lula foi vítima de todo esse processo persecutório. Quem não se lembra do dia do Power Point em que Lula foi colocado como o centro, o chefe de uma organização criminosa que atuava na Petrobras? O dia em que provas deram lugar a convicções”, observou.
O entendimento do senador é claro: Lula foi julgado, sentenciado e preso em velocidade espantosa, teve sua candidatura cassada e todos os recursos e habeas corpus negados.
“Mas isso não ficará assim. No próximo dia 7, quando se completa um ano de prisão política dele, haverá grande mobilização em todo o país: a Jornada Lula Livre. Os comitês populares espalhados por todo o Brasil estão organizando uma ampla manifestação para marcar a data e exigir liberdade para Lula”, comentou.