Presidenta vai ao plenário com serenidade e firmeza, diz Humberto

Humberto: Não deixaremos essa manobra prosperar. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Humberto: Senadores que trairam terão que se explicar. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Os dias decisivos do julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado, ao longo desta semana, serão de luta e de determinação na tentativa de reverter o golpe. A previsão é do líder do PT, senador Humberto Costa (PE), para quem a presidenta e toda a sua base política estão mobilizadas e com esperança de obter os apoios que faltam para impedir a aprovação do ato de força parlamentar.
“Tenho notado a presidenta muito confiante e firme. A decisão de ir pessoalmente fazer a sua defesa não poderia ter sido mais acertada e retrata com fidelidade a figura de uma governante brava, honesta e que não cometeu nenhum crime. Tentamos ao longo de todos essas dias convencer os senadores do absurdo que será, caso aprovado, o impeachment. Infelizmente, a maioria está ali de caso pensado e decisão tomada. Mas, não desanimamos e vamos brigar por mais seis votos, até o fim”, esclarece Humberto.
Para o senador, a presença da presidenta Dilma vai servir, também, para constranger senadores que eram do governo até bem pouco tempo, ocupando cargos importantes de primeiro escalão, e que mudaram de lado e passaram a apoiar o governo interino de Michel Temer. É o caso de Jader Barbalho (PMDB-PA), pai de um ex-ministro de Dilma, Edison Lobão (PMDB-AM), Eduardo Braga ( PMDB-AM) e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), estes ex-ministros do governo petista, todos depois eleitores do impeachment. O pernambucano Bezerra Coelho é pai do atual ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, também do PSB.
“A presidenta vai encarar esses senadores com a serenidade de quem não teme porque não deve. Eles é que terão que explicar a mudança de lado que não tem outro nome que não seja traição”, afirmou o líder do PT.