Temer faz povo de palhaço ao entregar Eletrobras e Chesf a preço de banana, diz Humberto

Para Humberto, o envio da MP ao Congresso Nacional foi mais uma ação desavergonhada desse "desgoverno antiético que afronta a inteligência dos brasileiros". Foto: Roberto Stuckert Filho
Para Humberto, o envio da MP ao Congresso Nacional foi mais uma ação desavergonhada desse “desgoverno antiético que afronta a inteligência dos brasileiros”. Foto: Roberto Stuckert Filho

 
Rejeitado por quase 100% dos brasileiros e completamente desconectado dos interesses do povo, o governo Temer (PMDB) segue, de acordo com o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), cometendo um crime contra o país ao dar sequência com o seu plano de vender as maiores empresas de setores estratégicos do Brasil à iniciativa privada, inclusive à do exterior.
Esta semana, o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho (PSB), afirmou que a Petrobras também está nos planos de privatização. Para Humberto, esse governo “da vergonha nacional, golpista e entreguista, está vilipendiando o patrimônio público e fazendo negociatas em benefício de grupos políticos e do capital internacional”.
Na próxima sexta, o senador estará em Petrolina, no Sertão do São Francisco, para um grande ato com parlamentares e governadores do Nordeste em defesa da Chesf, companhia que também está na mira da privatização de Temer.
“O governo está dando as joias da coroa do setor elétrico brasileiro, como a Eletrobras, estatal em que já se investiu mais de R$ 400 bilhões, mas deve ser alienada por apenas R$ 20 bilhões. Eles dão a isso o pomposo nome de descotização, tentando tomar por palhaço o povo brasileiro”, afirmou.
Para Humberto, Temer faz uma gatunagem de proporções absurdas, que tem a proeza de ser mais inconsequente do que todas as estripulias praticadas nos governos do PSDB. “Naquela época, nosso patrimônio foi vendido a preço de banana para investidores que o compraram com dinheiro público, emprestado a juros módicos. O mesmo está ocorrendo agora”, declarou.
Ministro do PSB entreguista
Humberto ressaltou que a Chesf, que conta com 20 mil quilômetros de linha de transmissão e que, somente no primeiro semestre deste ano, gerou mais de R$ 370 milhões de lucro, está no foco do ministro Fernando Filho, que é de Petrolina e conhecedor da importância da companhia para a região.
Ele lamentou que a privatização da empresa esteja sendo conduzida logo por alguém de dentro do PSB, o ministro Fernando Coelho Filho, “um partido que teve Miguel Arraes como seu presidente, um homem de visão nacional sem paralelo”. “O ministro entreguista está fazendo o serviço das multinacionais do petróleo. Felizmente, não é todo o PSB que está nessa canoa furada”, disse ele, ressaltando que esteve ao lado do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, também do PSB, na última segunda-feira (2), no Palácio do Campo das Princesas, para participar de um ato contra a venda da companhia. Juntamente com o deputado federal do PSB Danilo Cabral, Humberto integra a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Chesf.
Para o líder da Oposição, a companhia é um patrimônio inestimável e fundamental ao Nordeste e, principalmente, a Pernambuco. Ele registrou que milhares de brasileiros que vivem na região do Velho Chico são beneficiários de projetos sociais que a Chesf desenvolve ao longo de décadas, como incentivo à pesca, à fruticultura e recuperação do rio e de matas ciliares.
“Enfim, são programas que geram, também, centenas de empregos. Como, então, esse governo quer vender uma empresa que tem não só uma imensa dimensão econômica, mas principalmente humana?”, questionou.