Artigo: "Por um Brasil saudável", por Humberto Costa

O lançamento do programa Academia da Saúde, na semana passada, pelo Governo Federal, é a consolidação de uma fórmula de sucesso. O poder público entra com os equipamentos de lazer e espaço de atividade física, a população se integra à área, participa, e todos ganham com a vida mais saudável.
O modelo da Academia da Saúde foi inspirado em uma ação pernambucana: a Academia das Cidades. Nos dois casos o objetivo é o mesmo: oferecer espaços seguros e equipados para a prática desportiva, ações socioculturais e de recreação. Uma população menos sedentária ajuda a diminuir o custo com internações e atendimento médico. A atividade física combate o sobrepeso, problemas cardiovasculares e também é fundamental para prevenir e tratar doenças não-transmissíveis, como diabetes e hipertensão.
Assim como a Academia das Cidades, a Academia da Saúde prevê uma série de medidas voltadas à promoção da saúde dos brasileiros, como a criação de espaços específicos para o desenvolvimento de práticas corporais, atividades físicas, lazer, garantindo mais qualidade de vida para a população.
Como gestor público, conheço de perto os benefícios que esses espaços esportivos podem trazer à população. Em 2002, quando era Secretário da Saúde do Recife, desenvolvi na Capital pernambucana a Academia das Cidades, programa que serviu de modelo para a experiência nacional. Em 2007, como secretário das Cidades de Pernambuco também ajudei a expandir o programa para o Estado, com o apoio do governador Eduardo Campos (PSB).
Ao todo, serão criados quatro mil polos da Academia da Saúde até 2014. Hoje, só no Recife existem 21 Academia das Cidades e outras 22 já estão previstas, em parceria com o governo estadual. Além dos 13 milhões de reais investidos até agora, em obras, equipamentos e recursos humanos, outros 13,5 milhões devem ser empregados para entregar à Cidade 22 novas unidades.
No resto do Estado, existem hoje 86 academias em funcionamento, 75 em construção e 30 em início de obras. Estão sendo investidos R$ 86,3 milhões, com recursos do governo de Pernambuco e de municípios.
Ainda em 2003, quando era ministro da Saúde, já defendia a nacionalização da Academia das Cidades, mas infelizmente sai do ministério sem que essa ação pudesse ter sido feita. Por isso, em 2010, apresentei a então ainda candidata Dilma Roussef o projeto da Academia das Cidades, que foi elogiado pela presidenta e posteriormente incorporado no seu programa de governo.
A defesa da nacionalização do programa não era por acaso. Os bons resultados da Academia das Cidades já foram, inclusive, constados por pesquisa científica. O renomado Centro de Controle e Prevenção de Doenças, com sede em Atlanta, nos Estados Unidos, fez um levantamento sobre o andamento do programa em Pernambuco.
O estudo constatou que 80% dos recifenses aprovavam as academias, e que os usuários do programa realmente haviam aumentado a prática de atividade física. Ao mesmo tempo, o Jornal Americano de Saúde Pública, mais importante publicação sobre o tema nos Estados Unidos, apontou a Academia das Cidades como o melhor programa de prevenção de doenças da América Latina.
Mas as fronteiras de uma cidade saudável ultrapassam os limites brasileiros. E foi por causa da ótima avaliação do Centro de Controle de Doenças da Academia das Cidades, que o projeto também virou modelo de exportação para os Estados Unidos, em 2009. O programa está se sendo patrocinado pelo próprio centro de pesquisa e um projeto piloto está sendo produzido em San Diego, na Califórnia. O investimento total em San Diego é de US$ 1,1 milhão.
Com base na experiência e no sucesso da Academia das Cidades, estou seguro de que o Programa Academia da Saúde do Governo Federal fará enorme diferença na vida dos brasileiros. E levará a todo o País os benefícios que os cidadãos pernambucanos já usufruem desde 2002. Um Brasil mais saudável é também um País com mais qualidade de vida.
O artigo foi publicado no jornal Folha de Pernambuco de 07/07/11. Humberto Costa é senador pelo PT-PE, líder da bancada do PT e do bloco de apoio ao governo no Senado.
Foto: Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado.

O lançamento do programa Academia da Saúde, na semana passada, pelo Governo Federal, é a consolidação de uma fórmula de sucesso. O poder público entra com os equipamentos de lazer e espaço de atividade física, a população se integra à área, participa, e todos ganham com a vida mais saudável.
O modelo da Academia da Saúde foi inspirado em uma ação pernambucana: a Academia das Cidades. Nos dois casos o objetivo é o mesmo: oferecer espaços seguros e equipados para a prática desportiva, ações socioculturais e de recreação. Uma população menos sedentária ajuda a diminuir o custo com internações e atendimento médico. A atividade física combate o sobrepeso, problemas cardiovasculares e também é fundamental para prevenir e tratar doenças não-transmissíveis, como diabetes e hipertensão.
Assim como a Academia das Cidades, a Academia da Saúde prevê uma série de medidas voltadas à promoção da saúde dos brasileiros, como a criação de espaços específicos para o desenvolvimento de práticas corporais, atividades físicas, lazer, garantindo mais qualidade de vida para a população.
Como gestor público, conheço de perto os benefícios que esses espaços esportivos podem trazer à população. Em 2002, quando era Secretário da Saúde do Recife, desenvolvi na Capital pernambucana a Academia das Cidades, programa que serviu de modelo para a experiência nacional. Em 2007, como secretário das Cidades de Pernambuco também ajudei a expandir o programa para o Estado, com o apoio do governador Eduardo Campos (PSB).
Ao todo, serão criados quatro mil polos da Academia da Saúde até 2014. Hoje, só no Recife existem 21 Academia das Cidades e outras 22 já estão previstas, em parceria com o governo estadual. Além dos 13 milhões de reais investidos até agora, em obras, equipamentos e recursos humanos, outros 13,5 milhões devem ser empregados para entregar à Cidade 22 novas unidades.
No resto do Estado, existem hoje 86 academias em funcionamento, 75 em construção e 30 em início de obras. Estão sendo investidos R$ 86,3 milhões, com recursos do governo de Pernambuco e de municípios.
Ainda em 2003, quando era ministro da Saúde, já defendia a nacionalização da Academia das Cidades, mas infelizmente sai do ministério sem que essa ação pudesse ter sido feita. Por isso, em 2010, apresentei a então ainda candidata Dilma Roussef o projeto da Academia das Cidades, que foi elogiado pela presidenta e posteriormente incorporado no seu programa de governo.
A defesa da nacionalização do programa não era por acaso. Os bons resultados da Academia das Cidades já foram, inclusive, constados por pesquisa científica. O renomado Centro de Controle e Prevenção de Doenças, com sede em Atlanta, nos Estados Unidos, fez um levantamento sobre o andamento do programa em Pernambuco.
O estudo constatou que 80% dos recifenses aprovavam as academias, e que os usuários do programa realmente haviam aumentado a prática de atividade física. Ao mesmo tempo, o Jornal Americano de Saúde Pública, mais importante publicação sobre o tema nos Estados Unidos, apontou a Academia das Cidades como o melhor programa de prevenção de doenças da América Latina.
Mas as fronteiras de uma cidade saudável ultrapassam os limites brasileiros. E foi por causa da ótima avaliação do Centro de Controle de Doenças da Academia das Cidades, que o projeto também virou modelo de exportação para os Estados Unidos, em 2009. O programa está se sendo patrocinado pelo próprio centro de pesquisa e um projeto piloto está sendo produzido em San Diego, na Califórnia. O investimento total em San Diego é de US$ 1,1 milhão.
Com base na experiência e no sucesso da Academia das Cidades, estou seguro de que o Programa Academia da Saúde do Governo Federal fará enorme diferença na vida dos brasileiros. E levará a todo o País os benefícios que os cidadãos pernambucanos já usufruem desde 2002. Um Brasil mais saudável é também um País com mais qualidade de vida.
O artigo foi publicado no jornal Folha de Pernambuco de 07/07/11. Humberto Costa é senador pelo PT-PE, líder da bancada do PT e do bloco de apoio ao governo no Senado.
Foto: Foto: Waldemir Barreto / Agência Senado.