Bolsonaro será um desastre ao meio ambiente, afirma Humberto

 

Segundo Humberto, é com o argumento pífio de combater a ideologia "comunista" que o novo governo vai agindo, ideologicamente, para destruir acordos importantíssimos que o país vinha costurando para a preservação do planeta. Foto: Roberto Stuckert Filho
Segundo Humberto, é com o argumento pífio de combater a ideologia “comunista” que o novo governo vai agindo, ideologicamente, para destruir acordos importantíssimos que o país vinha costurando para a preservação do planeta. Foto: Roberto Stuckert Filho

 
Enquanto o Brasil participa da 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24) na Polônia sob os olhares desconfiados do mundo e diante do alerta de cientistas de que o governo Bolsonaro será uma tragédia para o desenvolvimento sustentável no país, o líder da Oposição ao Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou, nesta quarta-feira (5) a postura do presidente eleito em relação ao meio ambiente.
Segundo Humberto, é com o argumento pífio de combater a ideologia “comunista” que o novo governo vai agindo, ideologicamente, para destruir acordos importantíssimos que o país vinha costurando para a preservação do planeta.
O senador lembrou que Bolsonaro jamais escondeu seus propósitos e suas visões estreitas para essa área tão sensível ao Brasil e sempre deixou claro que os interesses econômicos mais tacanhos iriam se sobrepor a qualquer pauta ambiental, enxergadas por ele permanentemente como um sério entrave ao desenvolvimento.
“Mas as declarações e movimentos dele, antes mesmo da posse, já causam prejuízos financeiros e de imagem do Brasil no exterior. Nada mais atrasado, mais retrógrado em mentalidade e ação política. Temos a maior floresta tropical e o maior rio do mundo, mas, entre tantas nomeações de ministro, ainda não temos um para cuidar da pasta do Meio Ambiente”, disparou.
Humberto acredita que o presidente eleito ainda não indiciou ninguém porque quer encontrar uma pessoa que não contrarie o interesse dos ruralistas e que coordene um processo de modelo econômico expandindo as fronteiras agrícolas sobre áreas de preservação ambiental para a produção de commodities agrícolas, como soja e carne.
O parlamentar ressaltou que, não à toa, os cientistas já pintaram um cenário trágico com o novo governo: o desmatamento na Amazônia deve triplicar nos próximos quatro anos devido à extensão da produção agrícola, à redução da fiscalização pelo Ibama, à mineração em terras indígenas e ao abandono de tratados fundamentais, como o Acordo de Paris.
“Num cenário assim, o Ibama e o ICMBio, outros dois inimigos escolhidos por Bolsonaro, serão completamente desmontados para evitar que sigam cumprindo a lei e usando rigor no controle de licenças e na aplicação de multas para evitar e punir o desmatamento ilegal”, observou.
Para o líder da Oposição, os movimentos de Bolsonaro são de uma burrice atroz. Ele entende que quem perde com tudo isso é o Brasil, que está entre os 18 países do planeta com mais perdas econômicas decorrentes de desastres climáticos nos últimos 20 anos. Um ranking apresentado na COP-24 do Clima mostra que as tempestades, as inundações e as estiagens de que os brasileiros foram vítimas tragaram cerca de R$ 6,5 bilhões em um ano.
De acordo com Humberto, o gesto do governo brasileiro de abandonar o posto de sede da COP-25 tem as digitais de Bolsonaro e, na próxima administração, deve ser seguido por uma série de outros em que também haverá abandono de reuniões, encontros, conferências e tratados para implementar ações sobre o aquecimento global, como o Acordo de Paris, “que um dos conselheiros do presidente eleito comparou a papel higiênico”.
“O Brasil vai, assim, se tornando pequeno como Jair Bolsonaro. Estamos abrindo mão, com essas decisões estabanadas, de um papel em que o nosso país é não só relevante, como também necessário, dado o imenso patrimônio natural de que dispõe”, concluiu.
 
Confira o vídeo completo com o discurso:

 

Segundo Humberto, é com o argumento pífio de combater a ideologia "comunista" que o novo governo vai agindo, ideologicamente, para destruir acordos importantíssimos que o país vinha costurando para a preservação do planeta. Foto: Roberto Stuckert Filho
Segundo Humberto, é com o argumento pífio de combater a ideologia “comunista” que o novo governo vai agindo, ideologicamente, para destruir acordos importantíssimos que o país vinha costurando para a preservação do planeta. Foto: Roberto Stuckert Filho

 
Enquanto o Brasil participa da 24ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 24) na Polônia sob os olhares desconfiados do mundo e diante do alerta de cientistas de que o governo Bolsonaro será uma tragédia para o desenvolvimento sustentável no país, o líder da Oposição ao Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou, nesta quarta-feira (5) a postura do presidente eleito em relação ao meio ambiente.
Segundo Humberto, é com o argumento pífio de combater a ideologia “comunista” que o novo governo vai agindo, ideologicamente, para destruir acordos importantíssimos que o país vinha costurando para a preservação do planeta.
O senador lembrou que Bolsonaro jamais escondeu seus propósitos e suas visões estreitas para essa área tão sensível ao Brasil e sempre deixou claro que os interesses econômicos mais tacanhos iriam se sobrepor a qualquer pauta ambiental, enxergadas por ele permanentemente como um sério entrave ao desenvolvimento.
“Mas as declarações e movimentos dele, antes mesmo da posse, já causam prejuízos financeiros e de imagem do Brasil no exterior. Nada mais atrasado, mais retrógrado em mentalidade e ação política. Temos a maior floresta tropical e o maior rio do mundo, mas, entre tantas nomeações de ministro, ainda não temos um para cuidar da pasta do Meio Ambiente”, disparou.
Humberto acredita que o presidente eleito ainda não indiciou ninguém porque quer encontrar uma pessoa que não contrarie o interesse dos ruralistas e que coordene um processo de modelo econômico expandindo as fronteiras agrícolas sobre áreas de preservação ambiental para a produção de commodities agrícolas, como soja e carne.
O parlamentar ressaltou que, não à toa, os cientistas já pintaram um cenário trágico com o novo governo: o desmatamento na Amazônia deve triplicar nos próximos quatro anos devido à extensão da produção agrícola, à redução da fiscalização pelo Ibama, à mineração em terras indígenas e ao abandono de tratados fundamentais, como o Acordo de Paris.
“Num cenário assim, o Ibama e o ICMBio, outros dois inimigos escolhidos por Bolsonaro, serão completamente desmontados para evitar que sigam cumprindo a lei e usando rigor no controle de licenças e na aplicação de multas para evitar e punir o desmatamento ilegal”, observou.
Para o líder da Oposição, os movimentos de Bolsonaro são de uma burrice atroz. Ele entende que quem perde com tudo isso é o Brasil, que está entre os 18 países do planeta com mais perdas econômicas decorrentes de desastres climáticos nos últimos 20 anos. Um ranking apresentado na COP-24 do Clima mostra que as tempestades, as inundações e as estiagens de que os brasileiros foram vítimas tragaram cerca de R$ 6,5 bilhões em um ano.
De acordo com Humberto, o gesto do governo brasileiro de abandonar o posto de sede da COP-25 tem as digitais de Bolsonaro e, na próxima administração, deve ser seguido por uma série de outros em que também haverá abandono de reuniões, encontros, conferências e tratados para implementar ações sobre o aquecimento global, como o Acordo de Paris, “que um dos conselheiros do presidente eleito comparou a papel higiênico”.
“O Brasil vai, assim, se tornando pequeno como Jair Bolsonaro. Estamos abrindo mão, com essas decisões estabanadas, de um papel em que o nosso país é não só relevante, como também necessário, dado o imenso patrimônio natural de que dispõe”, concluiu.
 
Confira o vídeo completo com o discurso: