A alta no preço dos alimentos levou o senador Humberto Costa (PT-PE) a fazer duras críticas à política econômica do governo Jair Bolsonaro. Para ele, o governo tem conduzido mal o país na pandemia e não tem apresentado soluções para o desemprego em alta, o empobrecimento da população e para o crescente aumento dos preços dos alimentos e combustível no país. Segundo o senador, produtos que são considerados essenciais na alimentação dos brasileiros estão ficando de fora do alcance do bolso e da mesa do trabalhador

A desvalorização do real e o aumento dos combustíveis, associados à incompetência e ao despreparo para a condição da política econômica, têm levado o país a uma situação preocupante”.

Senador Humberto

Para o senador, enquanto o presidente corta o salário mínimo e reduz o auxílio emergencial pela metade, os preços seguem em uma crescente e a população precisa escolher se compra o arroz, o feijão ou o óleo.

Puxada pelos alimentos e pela gasolina, a inflação de agosto é a maior dos últimos 4 anos. O aumento nos itens da cesta básica, por exemplo, superou os 20% no acumulado de 12 meses em produtos como leite, arroz, feijão e óleo de soja. Segundo o senador, as medidas apresentadas pelo governo Bolsonaro até agora são ínfimas e não resolvem o problema.
“Num dia, o presidente pede patriotismo aos donos de supermercado, no outro promete baixar o imposto para importação do arroz. Mas, se o dólar continuar subindo e o real desvalorizando, a pressão inflacionária seguirá”, disse.

Humberto  acredita que o corte no valor do auxílio emergencial deve gerar outros impactos negativos na economia. “A pandemia não acabou, mas o governo Bolsonaro trata como se nunca tivesse começado. As pessoas seguem precisando do auxílio, mas o governo dá as costas para a população quando ela mais precisa. Em muitas regiões, especialmente nos pequenos municípios, o auxílio emergencial tem sido importante para garantir a movimentação na economia, mas a redução drástica do valor vai, inclusive, adiar a retomada da economia em vários setores”, avalia.