Contra a obesidade, Humberto Costa defende malhação e comida regrada


Pesquisa que mostra que 48,5% da população brasileira está acima do peso, publicada pelo Ministério da Saúde nesta semana, deve servir para orientar ações do poder público nos próximos meses. A opinião é do senador Humberto Costa (PT-PE), médico e ex-ministro da Saúde, que destaca a importância do incentivo à atividade física e à boa alimentação.
“O que o poder público tem que fazer, primeiro, é um trabalho de esclarecimento, por intermédio da promoção da saúde das pessoas, mostrando os riscos da obesidade e, ao mesmo tempo, mostrando como evitar esse problema, pela prática de exercícios físicos, por meio de uma alimentação balanceada”, defende o senador.
Humberto Costa é responsável pelo programa Academia da Cidade, concebido quando atuava como secretário de Saúde do Recife, entre 2000 e 2003. Essa iniciativa serviu para estimular a criação e o custeio de espaços adequados à prática de atividade física e a oferta de orientação nutricional, oficinas de artes cênicas, danças e palestras. A experiência também foi adotada pelo Governo de Pernambuco e, desde o ano passado, inspira nacionalmente o Programa Academias da Saúde, do Ministério da Saúde.

“No Brasil, o aumento no número de pessoas com sobrepeso e com obesidade mórbida revela uma tendência preocupante”, comenta o senador. “O SUS (Sistema Único de Saúde), por essa razão, tem que levar adiante programas que estimulem a prática de atividades físicas, enquanto orientem a população a se alimentar de maneira adequada.”

Ouça a opinião do senador sobre o tema
 
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A inserção de 38 milhões no mercado consumidor, no entender de Humberto Costa, tem relação direta com a disseminação da obesidade entre os brasileiros. “Durante muito tempo, boa parcela da população não tinha acesso a uma alimentação digna e de qualidade pela absoluta e total carência de recursos”, avalia o senador.
“E, recentemente, tendo acesso a mais recursos, a tendência é que faça uma alimentação muito mais concentrada em açucares, em carboidratos, alimentos extremamente calóricos”, constata Costa. “Isso termina fazendo com que, entre os próprios pobres brasileiros, a na questão da obesidade ganhe em importância.”
Quanto à legislação, o senador entende que as normas existentes são suficientes para orientar sobre como devem se portar as escolas públicas em relação à alimentação. “Há também aquelas leis que definem a criação de programas importantes, que preveem a participação de nutricionistas e que estão articulados com o Programa Saúde da Família”, conclui.
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Fonte: por Luís Cláudio Cicci, do Blog de Humberto.
Foto: Sérgio Figueirêdo.