Copom não prevê reajuste nos preços da gasolina e do botijão de gás

Sempre que o Banco Central se reúne para decidir se reduz ou não a taxa básica de juros (Taxa Selic) – há duas semanas baixou de 7,5% ao ano para 7,25% ao ano -, logo em seguida divulga uma ata onde os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) justificam a decisão baseada no comportamento de diversos indicadores, se a inflação está sob controle, sobre o nível da atividade indústria, se o comércio está vendendo e se há crédito disponível na praça para que as pessoas possam financiar suas compras. Na ata divulgada, nesta quinta-feira (18/10), os membros do Copom projetam que neste ano, por exemplo, não haverá reajustes nos preços da gasolina e nem nos preços do gás de cozinha, dois itens que acabam influenciando os preços de quase toda a cadeia produtiva e que refletem na inflação.
No conjunto da análise contida na ata a projeção para as tarifas de telefonia fixa apontou queda de 1,3%. Em agosto, a retração prevista era de 1%. Já o preço da eletricidade manteve a estimativa de subir 1,4%, enquanto o Copom indicou que os preços administrados por contrato, como os aluguéis e conta de luz, tendem a acumular neste ano uma alta de 3,6%. Em 2013, a previsão é que os preços administrados tenha alta de 2,4%, abaixo, portanto, dos 4,5% estimados anteriormente. O motivo para essa queda tem a ver com a expectativa de tarifas de energia mais baixas. A presidenta Dilma, ao anunciar a renovação das concessões de energia, destacou que a partir de janeiro do ano que vem a conta de luz deverá ficar 16,2% mais barata para as residências e de até 28% para as indústrias.
Em relação às contas do governo, o Copom prevê que de tudo o que o Brasil arrecada de impostos e paga como despesas, terá uma sobra de dinheiro equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB), o chamado superávit primário. Na ponta do lápis, essa economia corresponderá a R$ 139,8 bilhões. De janeiro a agosto o governo arrecadou mais do que gastou, o equivalente ao superávit primário de R$ 74,2 bilhões.
Fonte: por Marcello Antunes, da Liderança do PT no Senado,
com informação de agências de notícias.