Defesa de conselheiros da Petrobras reforça posição de Dilma, afirma líder do PT

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A defesa feita por então conselheiros da Petrobras à reunião que aprovou a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, atesta a lisura e a boa-fé do Conselho, que respaldou em 2006 a decisão técnica da diretoria executiva da empresa em favor da operação. O discurso deles reitera a posição da presidenta Dilma Rousseff, que comandava na época o Conselho na condição de ministra-chefe da Casa Civil do Governo Lula, de que, naquele momento, a operação foi vantajosa.
Líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE) já tinha rebatido com esses argumentos, na quarta-feira, no plenário da Casa, as acusações do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, pré-candidato à Presidência da República.
“O que foi colocado pela presidenta Dilma tem ampla consistência. Existem as flutuações de mercado e a refinaria, comprada naquele momento, era fundamental para o Brasil no exterior. Posteriormente, com a crise econômica iniciada em 2008, a refinaria deixou de ser rentável. Mas, de uns tempos pra cá, já se mostra rentável de novo e acredito que, num futuro não distante, ela poderá se pagar e acabar com essa polêmica sem sentido que hoje há”, esclareceu Humberto.
Conselheiros da Petrobras, como o empresário Jorge Gerdau, vieram a público defender a operação feita pela Petrobras. “Os pareceres apontavam para a validade e a oportunidade do negócio, considerando as boas perspectivas de mercado para os anos seguintes. Entretanto, a crise global de 2008 alterou drasticamente o potencial de crescimento do mercado nos anos subsequentes”, informou Gerdau, por meio de nota.
Outro a defender a posição da presidenta foi o governador da Bahia, Jacques Wagner, que também era conselheiro da empresa em 2006. “Eu e outros conselheiros decidimos pelo que foi apresentado pela diretoria. E o que foi apresentado pela diretoria da Petrobras era um negócio interessante”, disse o governador à imprensa.
Outro a votar favorável à proposta foi o ex-presidente do Santander e, hoje, presidente executivo do grupo Abril, Fábio Barbosa. “A proposta estava inteiramente alinhada com o plano estratégico vigente para a empresa, e o valor da operação estava dentro dos parâmetros do mercado, conforme atestou então um grande banco americano, contratado para esse fim.  A operação foi aprovada naquela reunião nos termos do relatório executivo apresentado”, disse Barbosa ao site da revista Veja, da qual é presidente.