Depois de 12 anos, Bolsa Família transformou realidade de Pernambuco

Vânia conta que a vida mudou depois que começou a receber o Bolsa Família. Foto: Assessoria de Comunicação
Vânia conta que a vida mudou depois que começou a receber o Bolsa Família. Foto: Assessoria de Comunicação

 
Todo mês, nos últimos três anos, Vânia Silva segue uma mesma rotina. Vai ao banco para receber o benefício do programa Bolsa Família, compra o leite da filha de nove meses e o lanche do filho de sete anos, que frequenta uma escola perto do habitacional onde mora, em Surubim, no Agreste de Pernambuco. O marido não tem emprego fixo e a renda familiar, já insuficiente, é sempre incerta.
Vânia costuma trabalhar como agricultora, mas depois do nascimento da filha mais nova e com as chuvas escassas, arrumar um trabalho na área ficou mais difícil. “Meu marido faz bico, mas não é todo dia, toda hora. Então, a gente conta muito com o Bolsa Família. Minha profissão é agricultora, mas nem para isso a gente tem emprego agora porque a seca está demais”, resume Vânia.
Segundo ela, a sua vida mudou nos últimos anos, depois que começou a receber o benefício, “Antes, a gente queria dar um lanche para as crianças e não podia. A gente tinha que contar com a família e, às vezes, a família também não tinha. Agora, toda vez que a gente recebe, traz alguma coisa para dentro de casa, para os nossos filhos. O Bolsa Família é tudo. Se não fosse ele, eu não sei o que seria da gente.”
Situação semelhante vive Geyza Maria de Lima, vizinha de Vânia e também beneficiária do programa. As duas moram em um residencial construído pelo Minha Casa, Minha Vida, do Governo Dilma, no Loteamento Vovó Tetinha, em Surubim. Mãe solteira e vivendo apenas de alguns trabalhos temporários, Geyza se desdobra para garantir a renda da família. “Para mim, o Bolsa Família significa tudo. Com esse dinheiro, eu pago a feira, a prestação da minha casa. Não sei como minha vida seria sem ele. A vida só não está tão difícil por causa do programa”, afirmou.
Para Geyza, o Bolsa Família nos últimos 12 anos garantiu a comida na casa de muita gente. “Mudou muita coisa com o programa e mudou para melhor. É muito difícil a gente ver as pessoas pedindo comida. Antigamente, a gente via as pessoas andando com a sacolinha, pedindo algo pra comer e agora a gente não vê mais isso. Graças ao Governo de Lula e de Dilma”, avalia.
Segundo Eronilda Pereira Barbosa, que também recebe o benefício, o Bolsa Família representa uma ajuda até na hora em que um dos seus dois filhos adoecem. “Eu vejo que é importante para a gente. Com o dinheiro, faço a feira e, quando as crianças estão doentes, por exemplo, a gente usa dinheiro do programa para comprar medicamento”, afirmou.
De fato, Pernambuco é um Estado onde o programa e suas condicionalidades mais deram certo. Atualmente, 99% das gestantes e das crianças pernambucanas beneficiárias do Bolsa Família estão com o pré-natal e a vacinação em dia, respectivamente. No total, 1,1 milhão de famílias estão cobertas pelo programa no Estado, garantindo proteção especial a 1,2 milhão de crianças e adolescentes. Somente para outubro, o Governo Dilma está liberando R$ 181 milhões para a cobertura do programa em Pernambuco.
DEFESA – Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa, o Bolsa Família representa a saída de 36 milhões de pessoas da pobreza extrema e a esperança de um futuro melhor para as novas gerações. “O Bolsa Família completou 12 anos e isso significa que, graças a ele, o Brasil viu nascer a primeira geração sem fome e da escola da nossa história”, afirmou o senador.
Humberto combateu duramente a proposta do relator do Orçamento 2016 no Congresso Nacional, deputado Ricardo Barros (PP-PR), que sugeriu corte de R$ 10 bilhões do Bolsa Família, no próximo ano. “Isso nós não vamos permitir. A gente sabe o que o programa representa para milhões de pessoas. Estamos garantindo uma vida melhor para uma parcela significativa da nossa população, que passou cinco séculos esquecida”, rebateu Humberto.