Foto: Roberto Stuckert Filho

Os recentes escândalos envolvendo a família Bolsonaro e a crise política e econômica que vive o Brasil trazem dúvidas se o presidente Jair Bolsonaro conseguirá terminar o seu mandato. A avaliação é do líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE). Segundo ele, o governo vem definhando em uma velocidade “impressionante” e o pessimismo no Congresso Nacional é enorme, até mesmo entre aliados do presidente.

“É um governo sem projeto, onde o único objetivo parece ser o de destruir as garantias individuais dos brasileiros, a sua educação, a sua esperança. É um governo desagregador, incompetente e irresponsável, que funciona na base na propagação do medo e do discurso de ódio”, afirmou o senador.

Segundo Humberto, já há uma descrença até mesmo na base aliada do governo pelo fato de o Planalto sequer conseguir dialogar com aqueles parlamentares que o apoiam.

“Nunca, em tão pouco tempo, se viu um governo decair tanto. É uma situação muito difícil e que pode levar o país a um clima de instabilidade ainda maior. As ruas estão convulsionando. Não sei se Bolsonaro irá concluir o mandato. Mas isso também não é garantia que a sua pauta reacionária não avance. Agora, mais que nunca, precisamos estar mobilizados”, disse.

Humberto participou, na última sexta-feira (17), de debate promovido pelo Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres (CEDIM), no Recife, sobre o impacto das Reformas Previdenciárias e Trabalhista na vida das mulheres.  Além do senador, também participaram do evento os deputados federais Carlos Veras (PT) e Tadeu Alencar (PSB), os deputados estaduais Isaltino Nascimento (PSB), Teresa Leitão (PT) e a Co-deputada da Juntas, Carol Vergolino, além a secretária da Mulher, Silvia Maria Cordeiro.

Na ocasião, Humberto também falou sobre os riscos da aprovação do projeto de Reforma da Previdência. “As mulheres são as principais vítimas deste projeto. São elas que fazem dupla, tripla jornada e que. muitas vezes. sustentam as suas famílias sozinhas. Agora. Bolsonaro quer reduzir a diferença de idade mínima entre homens e mulheres da zona urbana e acabar com a diferença no campo. Mas quem vai fraquejar é ele. Não vamos permitir que o governo retire direitos das mulheres conquistados com muito suor e luta”, afirmou o senador.