Humberto comemora queda de 21,5% em brasileiros que dirigem alcoolizados

Humberto: É preciso uma fiscalização forte para podermos diminuir ainda mais os números de acidentes por alcoolemia. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT
Humberto: É preciso uma fiscalização forte para podermos diminuir ainda mais os números de acidentes por alcoolemia. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT

 
O Ministério da Saúde divulgou pesquisa mostrando que caiu em 21,5% o número de brasileiros que consomem álcool e, depois, assumem a direção. O endurecimento da Lei Seca, criada ainda na gestão do ex-presidente Lula (2003-2010), está surtindo efeito entre os motoristas. A campanha contra essa mistura nociva e fatal – que adotou o “tolerância zero” no consumo alcoólico e aumentou o valor da multa durante o governo Dilma, em 2012 – promoveu grandes modificações benéficas, como a redução no número de acidentes e, consequentemente, o número de mortes.
Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2015), que realizou mais de 54 mil entrevistas nas capitais dos 26 estados e no Distrito Federal. “Essas informações comprovam que a decisão da presidenta Dilma, ainda em 2012, em endurecer a Lei Seca e punir radicalmente esses infratores, realmente vem dando certo. É preciso uma fiscalização forte para podermos diminuir ainda mais os números de acidentes por alcoolemia, que ainda são muito altos”, afirmou o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa.
Segundo a pesquisa, os homens (9,8%) continuam assumindo mais a infração do que as mulheres (1,8%). Apesar disso, desde o endurecimento da Lei Seca, menos homens têm assumido os riscos da mistura álcool/direção: a queda foi de 22,2%, entre 2012 e 2015, na população masculina. Entre as capitais, Recife (2,6%), Maceió (2,9%) e Vitória (3,2%) se destacaram com o menor percentual de entrevistados que declararam beber e dirigir.
Outro dado da pesquisa de 2015 é que 8,7% da população de 25 a 34 anos admitem beber e dirigir. O número é duas vezes maior do que o registrado na população de 18 a 24 anos e quatro vezes maior do que o indicado entre homens e mulheres de 65 anos ou mais. Também é significativo o nível de escolaridade: a pesquisa detectou que, quanto maior o grau de instrução, maior é o número de pessoas que assumem o risco.
“Precisamos ter mais campanhas educativas direcionadas para esse público que ainda insiste em infringir a lei”, reforçou o senador, que foi secretário das Cidades de Pernambuco e comandava o Detran-PE na época em época a Lei Seca foi criada no Brasil, em 2008.
ROAD SAFETY – No ano passado, o Brasil foi sede da 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito. Na ocasião, os mais de 130 países presentes reafirmaram as metas de reduzir à metade, até 2020, o número de mortes e lesões causadas pelo trânsito em todo o mundo, e de aumentar de 15% para 50% o percentual de países com legislação abrangente sobre os cinco fatores-chaves de risco – não uso de cinto de segurança, de capacete e de dispositivos de proteção para crianças, mistura álcool/direção e excesso de velocidade.