Humberto Costa defende políticas públicas para superação do racismo


Nesta quarta-feira, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o senador Humberto Costa (PT/PE) foi a Tribuna do Senado para defender a promoção da igualdade racial e a promoção de cidadania para a população negra. O parlamentar citou Zumbi dos Palmares, morto há 318 anos onde hoje é o Estado de Alagoas, e destacou que o exemplo do líder negro, na luta por liberdade e afirmação, continua válido para a atual sociedade brasileira.
“Hoje é um dia de homenagear toda a população negra do nosso País e, ao mesmo tempo, de reafirmar os compromissos que todos temos”, discursou o senador. Em 1995, Humberto Costa apresentou, como deputado federal, projeto que eu origem à Lei 10.639, de 2003. Essa norma prevê a inclusão da história e da cultura afro-brasileira no currículo oficial da rede de ensino.
O senador também lembrou o trabalho da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). “Quero reafirmar o compromisso do nosso governo, que revolucionou essas ações e, sem dúvida, continuará a fazê-lo”, destacou Humberto. “O crescimento do emprego, a execução coordenada de programas sociais, a política de valorização do salário mínimo e de ampliação das oportunidades educacionais se revelam na tendência geral de diminuição das desigualdades”, completou Humberto.
Segundo o senador, pesquisas compravam a necessidade e a importância de políticas públicas que busquem a melhoria da condição dos negros. “A expectativa de vida de um homem negro no Brasil é um ano e oito meses menor do que deveria por causa da violência”, discursou Humberto Costa ao citar trabalho do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo mostra que perda na longevidade é duas vezes maior para os negros do que para os homens de pele clara.
O trabalho feito pelos especialistas do Ipea, cujo título é Vidas Perdidas e Racismo no Brasil, mostra ainda que, em cada três vítimas de homicídio no Brasil, duas são negras. Também conforme informações do Censo 2012, que subsidiaram as conclusões dos pesquisadores do Ipea, a taxa de mortes violentas entre os negros é de 36 mortes por 100 mil pessoas, enquanto que entre os não negros chega a menos da metade, 15,2 mortes por 100 mil pessoas.
“A condição racial aumenta a vulnerabilidade do negro, que corre 8% mais risco de se tornar vítima de homicídio do que um homem branco, ainda que ambos apresentem as mesmas condições de escolaridade e características socioeconômicas”, disse o representante de Pernambuco.
Fonte: Blog de Humberto.
Foto: André Corrêa / Liderança do PT no Senado.