O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vão dar início a um trabalho para melhorar a relação entre os planos de saúde privados e os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do país. A pedido do senador Humberto Costa (PT-PE), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o diretor-presidente da ANS, André de Melo, receberam, no início da noite desta terça-feira (8/10), representantes das categorias para ouvir as queixas e encontrar possíveis soluções.
O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) esclareceu que as tabelas utilizadas para remuneração da fisioterapia estão defasadas em 15 anos. “O valor repassado pelas operadoras de planos de saúde para procedimentos de fisioterapia não conseguem cobrir nem mesmo os custos operacionais das intervenções”, explicou Francimar Ferrari, representante do Coffito.
Além disso, os fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais estão excluídos de alguns procedimentos pelos planos e denunciam que têm sido vítimas de glosas indevidas tanto em procedimentos hospitalares, como ambulatoriais.
O senador Humberto Costa pediu a intervenção do ministro Padilha e do diretor-presidente da ANS para que o problema seja urgentemente resolvido. “Esses profissionais de saúde têm questões importantes a colocar e nós viemos aqui ao Ministério para tentar solucionar o problema”, explicou.
O diretor-presidente da ANS reconheceu as reclamações dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais como uma “realidade incontestável”. O ministro Alexandre Padilha agradeceu a intermediação de Humberto e propôs a criação de uma câmara técnica que estude os pontos levantados pelos profissionais com a finalidade de apresentar formas de superar as questões tratadas no encontro.
Texto e foto: Blog de Humberto.
