Humberto discute com Paulo Câmara morte de jovens no Estado

 Audiência pública da CPI do Senado que trata do assassinato de jovens será realizada às 9h desta sexta-feira na Assembleia Legislativo de Pernambuco.  Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no Senado
Audiência pública da CPI do Senado que trata do assassinato de jovens será realizada às 9h desta sexta-feira na Assembleia Legislativo de Pernambuco. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no Senado

 
Autor do requerimento que prevê a realização, na próxima sexta-feira (11), de uma audiência pública no Recife da CPI do Senado que investiga o alto número de assassinato de jovens no Brasil, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), vai se reunir com o governador Paulo Câmara antes da sessão. O encontro vai ocorrer às 7h30, no Palácio do Campo das Princesas.
A audiência pública da CPI será realizada na Assembleia Legislativa (Alepe), na sexta, às 9h. Humberto vai debater questões relativas à violência contra os jovens no Estado, considerado pelo Fórum Nacional de Segurança Pública como um dos que têm risco “muito alto” aos adolescentes.
“Nós queremos apresentar o trabalho da Comissão ao governador, os avanços que alcançamos até agora e estreitar com o Governo do Estado ações com as quais o Senado possa contribuir para enfrentar essa chaga social, que é a morte dos nossos jovens. Vamos ouvir, também, como têm sido desenvolvidas as atualizações do Pacto pela Vida”, explicou Humberto.
Nesta quinta-feira, às 16h, Humberto se encontra com o desembargador Frederico Neves, presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Logo depois, às 17h, o parlamentar tem reunião com o defensor público geral de Pernambuco, Manoel Gerônimo.
“O Poder Judiciário, assim como o Executivo e o Legislativo, tem papel fundamental para a eficiência das políticas públicas que visam o combate à violência”, avalia Humberto.
De acordo com o senador, é fundamental enfrentar, de maneira inteligência, a violência em Pernambuco, que registra 11 vezes mais mortes de jovens negros do que de brancos. “Esperamos que seja um debate frutífero, que surjam ideais e propostas que ajudem a mudar essa realidade e mostrem quais são as causas desse verdadeiro genocídio contra os jovens negros”, afirma.
Mais de 42 mil adolescentes entre 12 a 18 anos poderão ser assassinados em seis anos nas cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Se a perspectiva for confirmada, para cada grupo de mil crianças com 12 anos completos em 2012, 3,32 serão vítimas de homicídio antes de chegarem aos 19 anos.
A estimativa é do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). O estudo foi divulgado em janeiro deste ano e é resultado de uma parceria entre Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Observatório de Favelas e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-UERJ).
A audiência pública na Alepe será realizada em caráter interativo, com a possibilidade de participação popular. Por isso, as pessoas que tiverem interesse em participar, com comentários ou perguntas, poderão fazê-lo por meio do Portal e-Cidadania, no endereço www.senado.leg.br/ecidadania, e do Alô Senado, no número: 0800-61 22 11.
Presenças já confirmadas:
– Alessandro Carvalho, secretário de Defesa Social de Pernambuco;
– Manoel Gerônimo, defensor público geral de Pernambuco,
– Luis Carlos Figueiredo, desembargador e coordenador do Centro Integrado da Criança e do Adolescente (Cica);
– Maria Bernadete Figueiroa, procuradora de Justiça do Ministério Público e coordenadora do Grupo de Trabalho “Enfrentamento ao Racismo e respeito à diversidade étnica e cultural”;
– Manoel Moraes, professor universitário;
– Marcelo Santa Cruz, vereador de Olinda pelo PT e integrante da Comissão de Direitos Humanos do Legislativo local,
– José Ricardo de Oliveira, coordenador executivo do Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social (Cendhec);
– Edna Jatobá, coordenadora executiva do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop);
– Eleonora Pereira da Silva, representante da Comissão Nacional de Direitos Humanos