Humberto diz que Ministério da Educação virou cemitério de políticas públicas

Para Humberto Costa , os cortes reforçam a política de sucateamento do ensino aplicada pela gestão peemedebista. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT
Para Humberto Costa , os cortes reforçam a política de sucateamento do ensino aplicada pela gestão peemedebista. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT

 
Os Institutos Federais estão prestes a sofrer mais um duro golpe dado pelo governo de Michel Temer (PMDB). Segundo relatório do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), a falta de recursos pode implicar no corte de vagas nos Institutos Federais e impedir o funcionamento das unidades de ensino já no próximo ano.
Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), os cortes reforçam a política de sucateamento do ensino aplicada pela gestão peemedebista. “Uma a uma, as políticas públicas de ensino estão sendo enterradas por este governo temerário e golpista. Seria mais coerente o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), mudar o nome da pasta para cemitério da educação. Porque a única coisa que ele está fazendo naquele ministério é acabar com tudo que foi feito de bom no setor até agora”, afirmou Humberto.
Segundo o Conif, a proposta de Matriz Orçamentária de Custeio enviada ao Ministério da Educação (MEC) para os Institutos Federais no ano que vem, R$ 2,1 bilhões, é inferior ao que o governo Dilma gastou há quatro anos com as unidades de ensino.
“Utilizando o ano de 2012 como referência, a Rede Federal duplicou a quantidade de alunos e ampliou em um terço o número de campi. Entretanto, para efeito de comparação, os recursos de custeio destinados para o próximo ano são inferiores ao valor de 2012, se corrigida a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – R$ 1,7 bilhão, em 2012, e R$ 2,1 bilhões, em 2017”, diz o texto.
Segundo Humberto, os cortes de investimentos na educação contrariam o desejo da população. “A gente viu uma série de protesto nas ruas do País, viu gente pedindo mais saúde, mais educação. Mas o governo que aí está vai, justamente, no caminho contrário. Precisamos continuar mobilizados e denunciando esse tipo de retrocesso. Fica cada vez mais claro que esse golpe não é só contra a presidente eleita com 54 milhões de votos, mas contra todo o povo brasileiro”, afirmou.