Humberto rebate críticas de Aécio a Petrobras

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O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), respondeu as críticas feitas pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA) pela Petrobras. De acordo com o senador, é preciso cautela sobre a operação realizada, já que a apuração do caso ainda não permite concluir se o negócio foi prejudicial à empresa. A Petrobras afirma que trabalha com a finalidade de agregar valor aos seus ativos.
“Não temos sequer essa informação. Essa compra tem sido objeto de avaliação, de investigação pela própria Petrobras, pela CGU e TCU e até o presente momento não se pode afirmar que essa aquisição tenha sido danosa para a Petrobras e para o nosso País”, afirmou o líder do PT.
O parlamentar lembrou que o então presidente da companhia José Sérgio Gabrielli e, posteriormente, a atual presidenta Graça Foster já esclareceram no Senado que as decisões foram tomadas a partir da situação do mercado à época. “Naquele momento, o Brasil havia decidido que precisava ampliar a sua capacidade de refino de óleo pesado, inclusive no exterior. E foi identificada a possibilidade, nos Estados Unidos, de aquisição dessa empresa. Duas empresas de consultoria (uma foi o Citybank) respaldaram a tomada de decisão do ponto de vista estratégico para a Petrobras”, ressaltou Humberto. O petista destacou ainda que o panorama do mercado mudou dois anos depois, quando surgiu a crise financeira nos Estados Unidos.
Em relação à informação divulgada pela imprensa de que Dilma aprovou a compra da refinaria, quando ministra-chefe da Casa Civil e presidenta do Conselho de Administração da Petrobras, o líder do PT ressaltou que toda decisão é sempre apreciada pelo Conselho depois de aprovação em outras áreas da estatal. “A decisão, para chegar ao Conselho, passa pelo preparado e competente departamento jurídico e pela diretoria. Quando chega ao Conselho, não se entrega a cada conselheiro uma cópia do contrato para que ele faça um estudo. Não se pode julgar a competência, a capacidade de gestão da Presidenta por conta desse episódio”, observou.
Em setembro de 2006, a Petrobras comprou 50% da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), por US$ 360 milhões. A Transcor/Astra, empresa belga sócia da Petrobras no negócio, entrou em litígio com a parceira brasileira dois anos depois e um tribunal nos EUA definiu, em 2010, que a Petrobras deveria pagar mais US$ 630 milhões pela refinaria.