Isenções de impostos no governo Dilma vão superar os R$ 100 bilhões

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (21/3) que o governo vai fazer desonerações de R$ 50 bilhões em 2013 e R$ 55 bilhões em 2014. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ele falou que a política de isenções faz parte da estratégia do governo de aumentar a competitividade da indústria brasileira.
Uma das principais desonerações já adotadas pelo governo nos encargos da folha de pagamento das empresas em mais de 40 setores. “A desoneração da folha começou, mas não terminou”, disse.
Mantega destacou que o governo vai continuar no combate à inflação, de modo que a população não se prejudique. E afirmou aos parlamentares que a política fiscal brasileira é anticíclica. Por isso, explicou, o governo faz mais gastos em momentos de baixo crescimento e poupa quando o desempenho econômico é mais forte.
Em 2012, o governo fez uma série de manobras fiscais para fechar as contas, por causa do volume de desonerações dadas para estimular a economia, que cresceu apenas 0,9%. “Não foi um ano fácil em termos fiscais. Fizemos redução de tributos num ano em que houve queda de arrecadação”, falou.
Uma das metas do governo para 2013 é aprovar a reforma do ICMS no País, porque, afirmou Mantega, a guerra fiscal cria insegurança jurídica e reduz investimentos. A mudança no imposto estadual representaria 70% de uma reforma tributária completa no Brasil. O governo ainda estuda mudar a legislação do PIS/Cofins, para tornar o País mais competitivo.
Bate-papo – Na audiência, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que a “bola de cristal (de Mantega) estava quebrada”, em referência às previsões econômicas erradas do ministro. Mantega respondeu que sua “bola de cristal” pode ter defeito, mas costuma funcionar. E desafiou o senador a apresentar um analista que tenha acertado a previsão para 2012. Mantega acrescentou que a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 é de maior crescimento e que as previsões mais pessimistas apontam para uma alta de 3%.
Fonte: Jornal do Commercio.