"Mendoncinha mãos de tesoura" volta a atacar, agora contra o Fies, denuncia Humberto

Humberto: “Esse governo golpista vive editando medidas provisórias que beneficiam eles próprios.  Foto:  Jefferson Rudy/Agência Senado
Humberto: “Esse governo golpista vive editando medidas provisórias que beneficiam eles próprios. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 
Quase 2 milhões de alunos que dependem do Fundo de Financiamento Estudantil do Ensino Superior (Fies) correm risco de não terem suas matrículas renovadas em 2017. O ministro da Educação, o pernambucano Mendonça Filho (DEM), está há três meses sem repassar verbas para o pagamento referente aos alunos cadastrados.
“É mais uma do ministro mãos de tesoura. Além dos diversos cortes que ele vem fazendo na educação, agora ele e Temer querem enterrar de vez o financiamento público de milhares de estudantes”, lamentou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).
As instituições estão sem receber o repasse desde julho. O atraso está ligado a uma dívida da União com taxas bancárias que acarreta no bloqueio da abertura do sistema de renovação dos contratos. O Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior) já calculou o prejuízo em R$ 5 bilhões, referente a 1,8 milhões de alunos de mais de 1,3 mil faculdades. As instituições já informaram que, caso o pagamento não seja regularizado, esses estudantes não conseguirão renovar a matrícula em 2017.
O MEC alega que esse atraso é porque o Congresso Nacional ainda não votou o PLN nº 8/2016 e, por isso, não pode fazer o crédito suplementar para pagamento do Fies. “Esse governo golpista vive editando medidas provisórias que beneficiam eles próprios. Por que não editam uma que garanta esse repasse para não prejudicar os estudantes que dependem desse financiamento para estudar?”, indagou Humberto.
Para o senador, esta é mais uma desculpa do ministro Mendonça Filho para esconder a incapacidade de gerir a pasta e a decisão do seu governo de acabar aos poucos com as políticas sociais que beneficiam os que mais precisam. “Eles querem apenas um pretexto para maquiar o desmonte que estão fazendo na educação. São cortes e mais cortes dentro do MEC, principalmente nas ações que ajudam os mais carentes”, criticou o senador petista.