Para Humberto, atos em defesa da democracia devem se intensificar em todo o país

Humberto afirmou ainda que a expectativa é de que agendas como a do Recife devem ser realizadas por todo o país. Foto: Roberto Stuckert Filho
Humberto afirmou ainda que a expectativa é de que agendas como a do Recife devem ser realizadas por todo o país. Foto: Roberto Stuckert Filho

 
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Líder do Governo Dilma Rousseff no Senado, Humberto Costa (PT-PE) comemorou a repercussão da vinda da presidente afastada ao Recife. O senador, que acompanhou toda a agenda de Dilma no Estado, disse que atos como o de hoje em Pernambuco “multiplicam o debate contra o impeachment e intensificam a luta contra direitos trabalhistas e programas sociais, que estão na mira do governo interino de Michel Temer (PMDB)”.
“Foi uma ação muito boa. Aliás, está sendo assim em todo canto. Por onde tem passado, Dilma tem sido recebida com muito carinho. Isto ajuda também a trazer o debate para um maior número de pessoas, traz pra perto da gente uma luta que não é de um partido ou de um movimento, mas de todos que defendem o processo democrático, que deu a Dilma os mais de 54 milhões de votos que a elegeram”, avaliou o senador.
Humberto afirmou ainda que a expectativa é de que agendas como a do Recife devem ser realizadas por todo o país. “Essas manifestações devem se intensificar. Dilma vai percorrer o Brasil. A luta está apenas começando e é fundamental para garantir o retorno da presidenta ao lugar de que ela nunca deveria ter saído”, afirmou.
A presidenta chegou ao Recife no início da tarde de hoje. Da Base Aérea, Dilma seguiu para a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde participou de ato com docentes e estudantes da Universidade. Depois, a presidenta almoçou com aliados e visitou um dos cartões-postais da cidade, o Instituto Ricardo Brennand. À noite, participou do ato “Mulheres com Dilma”, no Pátio do Carmo.
Em seu discurso, Dilma criticou o impeachment, que definiu como “fraudulento”. “É um processo para tirar uma mulher que não tem conta na Suíça, que não compactuou e não compactua com a corrupção”, questionou a presidenta.
Dilma também aproveitou para condenar o governo interino de Temer. “O objetivo do governo Temer é reduzir os direitos conquistados, os direitos de cada um dos brasileiros, principalmente dos mais pobres. Mas vamos reagir a isso dizendo ‘não’ a esse governo provisório e ilegítimo”, disse e completou: “Os que falam em governo de salvação nacional estão é querendo salvar a própria pele”.
A presidenta, por mais de uma vez, cantou com manifestantes a canção que virou um hino do Carnaval do Recife, Madeira do Rosarinho. “Esta é uma música muito forte: eu sou madeira de lei que cupim não rói. E esta é minha identificação com vocês. Então, vou propor que nós cantemos. Eu não sei a música inteira, mas sei uma parte muito bonita: a injustiça dói”, disse Dilma, no encerramento do ato.