Para Humberto, cancelamento de bolsas do Ciência sem Fronteiras mostra descaso com educação

 Corte de bolsas deixa alunos brasileiros em situação de penúria no exterior, avisa o senador. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no Senado
Corte de bolsas deixa alunos brasileiros em situação de penúria no exterior, avisa o senador. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no Senado

 
 
O líder do Governo Dilma Rousseff no Senado, Humberto Costa (PT-PE), fez duras críticas à interrupção de bolsas do Ciência sem Fronteiras a alunos no exterior. Segundo o senador, muitos deles estão vivendo em situação de “precariedade”, o que revela o descaso do governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) com a educação do país.
“O presidente interino e seu ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), parecem mais preocupados em atender demandas de pessoas como o ator Alexandre Frota – que tem discursos preconceituosos e de defesa da cultura do estupro – do que de fato cuidar da educação dos brasileiros. Querem privatizar universidades públicas, cortar o Fies, o Prouni e o Pronatec, acabar com o Enem e, agora, desmantelam o Ciência sem Fronteiras, deixando centenas de alunos que estão longe de casa à míngua”, disse Humberto.
O senador afirmou ser “inadmissível” a situação denunciada pelos próprios bolsistas que estão vivendo sem dinheiro e em situação de penúriafora do Brasil. “São pessoas que estão dedicando parte sensível da vida aos estudos, que conseguiram bolsas e que vão retornar ao país para dar uma contribuição em áreas importantes, como tecnologia e saúde. A cada dia, fica mais claro como o governo provisório pretende conduzir o Brasil. Para votar pauta-bomba, tem dinheiro. Para investir na educação, não tem”, ponderou o senador.
Humberto também lembrou do projeto enviado pelo governo Temer ao Congresso Nacional, que tem como objetivo limitar os gastos em áreas estratégicas, como saúde e educação. “Se o projeto de Temer tivesse começado a valer desde 2006, a educação do país teria 70% de suas verbas. Isso significa menos R$ 321,3 bilhões na área. Se a matéria for aprovada, esse será o fim de todas as políticas públicas de melhoria da educação”, alertou Humberto.