Para Humberto, é frágil o impeachment do chantagista Cunha

Humberto: O Brasil inteiro está vendo que o que está acontecendo é um ato de retaliação, uma chantagem, feita pelo presidente da Câmara, que não tem nenhuma autoridade política e moral para tocar à frente isto. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no Senado
Humberto: O Brasil inteiro está vendo que o que está acontecendo é um ato de retaliação, uma chantagem, feita pelo presidente da Câmara, que não tem nenhuma autoridade política e moral para tocar à frente isto. Foto: Alessandro Dantas/ Liderança do PT no Senado

Líder do PT no Senado, Humberto Costa esteve nessa quarta-feira (2), no Palácio do Planalto, com a presidenta Dilma Rousseff, após o anúncio da abertura do processo de impeachment contra ela. O líder encontrou Dilma forte e motivada e comentou que julgava frágil o pedido de impeachment acolhido por ato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), classificado por ele como a chantagem mais baixa da República.
“Este pedido de impedimento é extremamente frágil, desde os fatos que são arrolados até a forma como ele foi feito. A presidente Dilma não está sendo acusada de nenhum ilícito, de nenhum crime, de usar dinheiro público, de ter conta na Suíça, nada disso. A base jurídica deste pedido é extremamente frágil”, afirmou Humberto em relação a Cunha, que responde por crimes dessa natureza.
“O Brasil inteiro está vendo que o que está acontecendo é um ato de retaliação, uma chantagem, feita pelo presidente da Câmara, que não tem nenhuma autoridade política e moral para tocar à frente isto”, afirmou o senador.
Humberto ainda lembrou que o governo vem conseguindo consolidar a sua base de apoio no Congresso Nacional. “Se nós analisarmos principalmente o resultado das últimas votações, particularmente na Câmara e, nessa terça, especialmente na votação do Congresso Nacional, nós identificamos que o governo está consolidando de maneira bastante firme a sua base de sustentação. Tivemos um mês seguidos de vitórias. E essa base, sem dúvida, vai barrar este processo de impeachment”, afirmou.
O senador ainda criticou a postura de dirigentes da oposição, que vêm incentivando a instabilidade política no País. “Vamos acabar definitivamente com este cabo-de-guerra porque nenhum país aguenta o que está acontecendo no Brasil hoje, uma instabilidade política violentíssima, que termina interferindo na estabilidade econômica e o país não consegue sair do lugar. Alguns acham que levando instabilidade e provocando um ambiente pior poderão conseguir alguma vantagem política. Mas eu acredito que vamos responder com tranquilidade e com força a essa tentativa de golpe que a oposição, aliada com Eduardo Cunha, está tentando impor ao Brasil”, afirmou. “Não vai ter golpe. E Cunha vai cair antes de concluirmos esse processo.”