Foto: Roberto Stuckert Filho

Indignado com os ataques promovidos por Paulo Guedes aos servidores públicos do país, o senador Humberto Costa (PT-PE) detonou, nesta segunda-feira (10), a postura agressiva do ministro da Fazenda e o classificou como um parasita do mercado financeiro e do capital estrangeiro denunciado, inclusive, por fraudes em fundos de pensão de estatais. 

Para Humberto, o economista, que comparou o funcionalismo público a parasitas, não tem capacidade nem autoridade para ofender os funcionários do Estado, e o pedido de desculpas que fez depois da explosiva repercussão da própria fala é somente uma prática protocolar de um governo que diz o que pensa na primeira declaração e volta atrás apenas a fim de diminuir os estragos causados. 

“Já estamos acostumados: o presidente, numa hora, dá uma banana para os jornalistas e depois pede desculpa. Um ministro agride algum segmento da sociedade e depois pede desculpas. Mas a verdade sobre o que pensam está justamente na hora em que se expressam pela primeira vez. Imagino a imensa decepção de servidores que, de forma ilusória, porém com boa intenção, deram o seu voto para a eleição desse governo”, comentou. 

O parlamentar questionou se Guedes considera o presidente da República um parasita, já que passou 28 anos no Congresso Nacional como deputado federal e praticamente não produziu nada de positivo para a sociedade brasileira. 

Será que o ministro também considera Bolsonaro um parasita?”

Senador Humberto

Humberto também perguntou ao ministro se são parasitas os professores universitários e da educação infantil, garis, juízes, assessores legislativos, médicos, assistentes sociais, merendeiras e trabalhadores do Samu;

O senador ressaltou que o desmonte do Estado está prejudicando não só os serviços de saúde, educação e segurança prestados à população, principalmente a parte mais pobre, mas também vem afetando a credibilidade de instituições perante o mundo, como o IBGE, o Ipea e universidades públicas, por exemplo.

Também são parasitas os professores universitários e da educação infantil, garis, juízes, assessores legislativos, médicos, assistentes sociais, merendeiras e trabalhadores do Samu?”, perguntou.

Humberto ressaltou que o desmonte do Estado está prejudicando não só os serviços de saúde, educação e segurança prestados à população, principalmente a parte mais pobre, mas também vem afetando a credibilidade de instituições perante o mundo, como o IBGE, o Ipea e universidades públicas, por exemplo.

“Não há como se tomar decisão sem informação precisa. E a falta de informação precisa abre a oportunidade para eles fazerem o que mais gostam: mentir e divulgar notícias falsas”, afirmou. 
Ele lembrou que o governo tem como objetivo reduzir despesas com pessoal, cortar salários e congelar concursos públicos e ignora o fato de que a população cresce e precisa de mais serviços do Estado.

 “O asfixiamento da administração pública gera o caos, como vemos nas filas do INSS, nos erros no Enem e no Bolsa Família, programa que está com 1 milhão de famílias aguardando para serem atendidas”, observou.