Petrobras continua vendendo seu patrimônio, denuncia Humberto

 

Humberto: É praticamente uma doação o que o presidente da Petrobras. Foto: André Correa/ PT no Senado
Humberto: É praticamente uma doação o que o presidente da Petrobras. Foto: André Correa/Liderança do PT no Senado

 
Após tomar conhecimento da nova “meta de desinvestimento” da Petrobrás para o biênio 2017-2018, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o Governo Temer quer entregar a Petrobras ao mercado internacional. “Eles estão, pouco a pouco, anunciando novas vendas de ativos de diversos setores da estatal e entregando nosso patrimônio a preço de banana. É praticamente uma doação o que o presidente da Petrobras, Pedro Parente, está fazendo com a empresa”, alertou o senador petista.
A “meta de desinvestimento” anunciada no final de março prevê a venda da cessão dos direitos de concessão em águas rasas nos estados de Sergipe e Ceará; a alienação de parte da participação acionária da BR Distribuidora; a comercialização dos direitos de concessão nos campos de Baraúna e Tartaruga Verde, em Sergipe; e a venda da participação no Campo de Saint Malo, no Golfo do México.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) já divulgou nota condenando essa meta de desinvestimento. Segundo a federação, a nova rodada de venda de ativos significa a “destruição completa” da empresa. “Eles estão doando tudo. Estão entregando ativos na ordem de 30 para um, em termo de valor”, afirmou João Antônio Moraes, diretor de Relações Internacionais e de Movimentos Sociais da FUP, que também convoca toda a população para participar de manifestações: “Temos que conscientizar o povo a ir às ruas, fazer greve geral. Só a rua para resolver”.
Humberto Costa lembrou que a venda de ativos está sendo uma prática comum no governo do presidente não eleito Michel Temer. “Entregar nossos tesouros para o capital estrangeiro é o que está acontecendo desde que esse governo sem voto assumiu. O que eles estão fazendo com a Petrobras é vender tudo o que podem para empresas internacionais. O que vai acontecer é que ficaremos nas mãos de investidores que ditarão regras dentro do nosso próprio país”, salientou o senador.