Profissionais do Mais Médicos estão sem receber salários desde fevereiro, denuncia Humberto

Humberto: São vidas de pessoas que estão sob a responsabilidade desses profissionais, que, agora, tiveram os salários suspensos por incompetência do Ministério da Saúde. Foto: Arquivo Asscom HC
Humberto: São vidas de pessoas que estão sob a responsabilidade desses profissionais, que, agora, tiveram os salários suspensos por incompetência do Ministério da Saúde. Foto: Arquivo Asscom HC

 
Mais da metade dos profissionais recém-contratados pelo Mais Médicos está com os salários atrasados. Dos cerca de 1.300 médicos que entraram na última seleção, 700 estão sem remuneração desde fevereiro. Para o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), isso é uma demonstração cabal de que o governo Temer está desmontando mais uma política pública voltada à população mais pobre.
“O Mais Médicos é um dos programas mais exitosos criado pela presidenta Dilma, que deveria ser considerado prioritário por qualquer governo. São vidas de pessoas que estão sob a responsabilidade desses profissionais, que, agora, tiveram os salários suspensos por incompetência do Ministério da Saúde,” lembrou Humberto.
A pasta informou que o atraso está acontecendo devido a erros no preenchimento dos dados dos médicos no sistema administrativo e avisou que o mais provável é que, somente em maio, a situação deve voltar ao normal. “Erro no cadastro é uma desculpa inaceitável para justificar atraso em pagamentos de salários. Já sabemos de dezenas de profissionais que estão deixando seus postos de trabalho por não estarem recebendo seus salários. Quem perde, logicamente, é a população, que vai ficar privada de atendimento”, alertou o senador petista.
Humberto lembra que isso nunca aconteceu na gestão de Dilma, desde a criação do programa em 2013. “Tudo é uma questão de prioridade com a questão social. Criamos o Mais Médicos para levar atendimento à saúde de pessoas que nunca tiveram acesso ao serviço”, afirmou.
Com Dilma, o programa chegou a beneficiar mais de 63 milhões de brasileiros, suprindo a carência de médicos nos municípios em que os profissionais eram inexistentes ou escassos, principalmente no Nordeste. Ao todo, 18.240 médicos atuavam em 4.058 cidades (73% dos municípios brasileiros) e nos 34 distritos de saúde indígenas.