PSDB virou muleta política de sustentação de Temer, afirma Humberto

Humberto:  foi uma irracionalidade o que o PSDB faz ao continuar mantendo o apoio a um dos governos mais detestados da história do país, dono de uma pauta destrutiva de direitos. Foto: Roberto Stuckert Filho
Humberto: foi uma irracionalidade o que o PSDB faz ao continuar mantendo o apoio a um dos governos mais detestados da história do país, dono de uma pauta destrutiva de direitos. Foto: Roberto Stuckert Filho

O PSDB, muleta de sustentação do combalido governo Temer, foi alvo de críticas, nesta quarta-feira (7), do líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE). Da tribuna da Casa, ele afirmou que os tucanos perderam o senso do ridículo e continuam apoiando e fazendo parte de uma gestão que eles próprios acusaram de ser criminosa, como se nada tivesse acontecido e como se o Congresso Nacional devesse seguir a pauta do Palácio do Planalto, num clima de falsa tranquilidade.
“Os tucanos se prestam à vergonhosa condição de muleta política a dar sustentação a um presidente ilegítimo que, caindo de podre, se debate para não abandonar o cargo com a finalidade de salvar a sua própria carcaça”, disparou.
Humberto desafiou os tucanos a abraçar a causa das eleições diretas, resgatando a sua história a favor da democracia como fizeram nos anos 80 contra a ditadura, e abandonar Michel Temer (PMDB), rejeitado por 97% dos brasileiros. Assim, o parlamentar acredita que o presidente não teria mais condições de se sustentar e iria renunciar no outro dia. Pesquisas mostram que mais de 90% dos brasileiros apoiam as diretas.
“O PSDB assumiria o compromisso de devolver aos brasileiros o direito ao voto e readquirir a intimidade que perdeu com a democracia desde que a interrompeu com o golpe do ano passado. Um a um, todos os homens do presidente estão indo parar na cadeia. Não há saída para Michel Temer que não seja abandonar o cargo”, afirmou.
Da tribuna do plenário do Senado, o líder da Oposição declarou que o PSDB, autor da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pede a cassação da chapa Dilma-Temer sob a alegação de cometimento de várias irregularidades que configuram abuso de poder econômico, como caixa 2, vem sendo criticado até mesmo por defensores históricos da legenda.
“É patético, uma vergonha, um escândalo, um escárnio. É um partido perdido, cujas principais lideranças derreteram tragadas pelo ódio que elas mesmas incitaram. E não é uma questão de cabeças pretas ou cabeças brancas, como muitos querem fazer parecer. sobre as divergências internas da legenda. É uma questão de cabeças ocas, fiadores e responsáveis pela assunção desta camarilha que está aí e por meter o Brasil no caos em que hoje vivemos”, afirmou.
De acordo com o parlamentar, foi uma irracionalidade o que o PSDB faz ao continuar mantendo o apoio a um dos governos mais detestados da história do país, dono de uma pauta destrutiva de direitos, “que os tucanos insistem em querer fazer passar aqui em troca de vantagens”.
Humberto afirmou que, diante de um presidente da República encurralado por crimes e denúncias severas de corrupção, de um governo em franca dissolução, de um processo de cassação de chapa que tramita no Tribunal Superior Eleitoral, há um esforço sobre-humano dos aliados de Temer neste Congresso Nacional para imprimir um clima de normalidade à pauta do Congresso Nacional, como se nada houvesse.
“Não há normalidade. Há um país em convulsão. Há um sujeito acuado no Palácio do Planalto, utilizando os expedientes mais espúrios para comprar apoio parlamentar com a finalidade de se manter no cargo, e em guerra aberta e declarada à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Judiciário”, observou.