Requerida por Humberto, CPMI do Metrô será instalada hoje

Foto: PT no Senado
Foto: PT no Senado

O Congresso Nacional vai instalar nesta quarta-feira (6), às 15h, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Metrô, requerida pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), e pelo líder do Governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE), em 7 de maio deste ano. Na condição de parlamentar mais idoso entre todos os indicados pelos partidos para compor a CPMI, Eduardo Suplicy (PT-SP) será o responsável por abrir os trabalhos da reunião, em que devem ser eleitos o presidente e o vice e designado o relator da comissão. A CPMI será composta por 16 senadores e 16 deputados federais titulares, além de outros 32 suplentes.

O requerimento de criação do colegiado teve a assinatura de 35 senadores e 220 deputados. O documento pede a investigação de “fatos referentes à formação de cartel, corrupção de autoridades e outros ilícitos nos contratos, licitações, execução de obras e manutenção de linhas de trens e metrôs no Estado de São Paulo e no Distrito Federal, com o uso de recursos federais e em prejuízo na prestação do serviço público e transporte”.
De acordo com Humberto, o objetivo é aprofundar as investigações sobre o metrô de São Paulo, um caso que se arrasta há mais de 20 anos em que, até hoje, “não existem culpados”. Os contratos investigados somam quase R$ 40 bilhões. “Há desvios que envolvem, por exemplo, segundo o que diz a imprensa, o sr. Robson Marinho, ex-chefe de gabinete do governador Mário Covas (PSDB) e hoje conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo, cujas contas, identificadas na Suíça, receberam, até 2005, mais de R$ 6 milhões”, afirmou o líder do PT.
O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), vice-candidato à Presidência da República na chapa de Aécio Neves, citado no escândalo e depois excluído do processo, chegou a assinar, em maio, o requerimento para apurar os pagamentos de propina a políticos tucanos que administram o Estado de São Paulo desde os anos 90. Porém, ele riscou o próprio nome da lista minutos depois de assinar o requerimento. Outro tucano a retirar o nome foi o senador Rubem Figueiró (MS).