Humberto vai a São Paulo reforçar luta em defesa de Lula

Para Humberto, a decisão confirma que o golpe à democracia e ao Estado Democrático de Direito no país ainda está em curso. Foto: Roberto Stuckert Filho
Para Humberto, a decisão confirma que o golpe à democracia e ao Estado Democrático de Direito no país ainda está em curso. Foto: Roberto Stuckert Filho

Ciente de que Lula é inocente e foi condenado pelo juiz Sérgio Moro de maneira absolutamente política, parcial e sem fundamentação, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), embarcou para São Paulo na manhã desta quinta-feira (13), para, ao lado de outros senadores e deputados, prestar solidariedade e apoio ao “maior presidente que este país já teve”.
Para Humberto, a decisão do magistrado de Curitiba, sem apresentar uma única prova, confirma que o golpe à democracia e ao Estado Democrático de Direito no país ainda está em curso, um ano depois da derrubada ilegítima da presidenta Dilma Rousseff.
“O atropelo à Constituição e aos direitos dos brasileiros persiste com toda a força, também, no Legislativo, sob o patrocínio dos golpistas que tomaram de assalto o poder e que são apoiados por setores de uma elite preconceituosa e por parte do Ministério Público e Judiciário”, avalia o senador.
Segundo ele, a interdição de Lula faz parte da maior caçada política que este país já teve em sua história e serve, apenas, para impedir a sua candidatura à Presidência da República em 2018.
“A sentença insere-se no contexto do lawfare, uso das leis e dos procedimentos jurídicos como arma de guerra para perseguir e destruir o inimigo, que sempre afirmamos, contendo ainda muitos erros de fato e de direito”, afirma o parlamentar.
O líder da Oposição ressalta que a sentença não demonstrou, em nenhum momento, o uso de valores desviados da Petrobras para a tal aquisição do tríplex, base da denúncia, e que Moro reconheceu, em recente sentença que proferiu, a necessidade de rastreamento de valores para condenação em lavagem e corrupção.
“No caso da sentença dada contra Lula não houve qualquer rastreamento de valores. Certa de que jamais existiu, a defesa fez o pedido da prova. Mas o juiz negou a prova pericial para verificar se algum valor proveniente da Petrobras havia sido destinado a Lula. Por quê?”, questiona Humberto.
Ele sustenta que não há qualquer relação entre a Petrobras e o tríplex e que fica claro nos autos que o imóvel não é de Lula e jamais foi entregue a ele. O parlamentar lembra que a denúncia afirma que o tríplex foi ‘efetivamente entregue’, informação que consta na página 93 do despacho. “Já a sentença, sem relação com a denúncia, diz que foi ‘atribuído’ a Lula. Como assim?”, pergunta.
No entendimento de Humberto, o fato é que Lula foi acusado de ter recebido a propriedade do tríplex, mas que a decisão de Moro escapou dessa análise fundamental do caso.
“Moro foi capaz de afirmar que Lula indicou e manteve diretores na Petrobras, atribuições do Conselho de Administração da estatal. A sentença simplesmente desprezou os depoimentos de Fabio Barbosa e Jorge Guerdau, que mostraram a realidade sobre a nomeação de diretores da Petrobras”, concluiu.