Caso Demóstenes: senadores otimistas com encontro com o STF


Os senadores Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), Humberto Costa (PT-PE), Wellington Dias (PT-PI) e Vital do Rego (PMDB-PB) estiveram reunidos nesta terça-feira (17/4), com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para tentar a liberação dos documentos das operações Monte Carlo e Las Vegas, ambas da Polícia Federal, que se encontram sob segredo de justiça.
Valadares foi ao encontro como presidente do Conselho de Ética e Humberto Costa como relator do processo que vai julgar o senador Demóstenes Torres (ex-DEM/GO) por quebra de decoro parlamentar. Demóstenes é acusado de associação com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlos Cachoeira, conforme revelou a investigação policial, e de ter mentido aos demais parlamentares em pronunciamento no Plenário, no dia 6 de março deste ano. Os senadores Wellington Dias (PT-PI) e Vital do Rego (PMDB-PB) também estiveram presentes, representando os outros membros do Conselho que irá decidir o futuro do ex-DEM.

Ouça a entrevista do senador Humberto Costa
 
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A liberação desses documentos depende da aprovação do ministro Lewandowski, porque ele é o relator do processo que investiga Demóstenes Torres. Há cerca de três semanas, ele rejeitou pedido feito pelos senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSol-AP) que foi encaminhado pela Mesa do Senado. Na recusa, Lewandowski escreveu que não poderia atender a pedidos de parlamentares ou partidos. Agora, por se tratar do pedido do Conselho de Ética, uma instituição do Senado, os senadores acreditam que os documentos possam ser liberados.
“Argumentamos da existência de precedentes, quando houve a liberação de informações que foram relevantes para a instauração de processo disciplinar contra senadores, no passado”, explicou, logo depois do encontro, o senador Humberto Costa. Segundo ele, ficou acertado que Lewandowski receberá documento com a especificação do tipo de dados que poderão ser úteis no julgamento. “Queremos aquilo que for importante para construir um juízo sobre a quebra ou não do decoro parlamentar”, sublinhou. Para seu trabalho como relator, disse ainda, a quebra de sigilo bancário e fiscal tem pouca valia para o Conselho de Ética, “mas a quebra do sigilo telefônico pode nos ajudar muito”, reforçou Humberto.
Fonte: Liderança do PT no Senado.
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil.