Bancada do PT com Dilma: ampliação do diálogo e confiança na economia

Os senadores petistas que se reuniram por cerca de três horas com a presidenta Dilma Rousseff, nesta quinta-feira (8), saíram satisfeitos do encontro. Os parlamentares presentes ao encontro foram unânimes em dizer que a presidenta nunca esteve tão receptiva e aberta ao diálogo com a base governista.
Os senadores ressaltaram a necessidade de manter abertos os canais de comunicação entre Legislativo e Executivo e mencionaram alguns problemas específicos e arestas a serem aparadas, como a questão do financiamento da saúde, a tramitação de medidas provisórias e o diálogo constante com a base governista. O PT quer manter esta aproximação.
O “otimismo realista” demonstrado por Dilma com o desempenho da economia brasileira também chamou a atenção da Bancada do PT. Ao se dizer feliz com queda nos preços da cesta básica e, consequentemente, com a redução da inflação, a presidenta afirmou que o PIB brasileiro vai crescer mais do que a previsão dos analistas do mercado financeiro.
Confira o que os senadores falaram do encontro:
Humberto Costa (PE) – Relator da comissão do Senado que busca novas receitas para a saúde pública, o ex-ministro da Saúde, disse que Dilma defende uma espécie de encontro de contas entre as necessidades do setor e fontes seguras e definitivas de financiamento. Ele se mostrou otimista com a visão positiva da presidenta em relação às ações de Governo e aos novos e bons resultados da economia. Humberto comemorou a disposição da presidenta para o diálogo, mas deixou claro que é preciso que novos encontros aconteçam e que essa comunicação entre Executivo e Legislativo seja frequente. “O mais importante é que está aberto o diálogo”,resumiu.
Wellington Dias (PI) – Ao comentar sobre o encontro, o senador destacou o início de uma nova relação da Presidenta com os partidos, com os líderes, com os governadores, com os prefeitos, com os movimentos sociais. Ele ainda ressaltou a dedicação de Dilma em gerenciar programas, na primeira etapa de seu mandato. “E ela assumiu a responsabilidade de lidar, de modo muito forte, com esses programas”.
Ângela Portela (RR) – A senadora informou que Dilma aceitou o convite para vir ao Congresso Nacional e receber o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que a Violência contra a Mulher, elaborado pela senador Ana Rita (PT-ES). “Na próxima semana, em função das comemorações dos sete anos da Lei Maria da Penha, apresentar à Presidenta Dilma um relatório de tudo que ocorreu nessa CPMI, em que se teve um diagnóstico da omissão do Poder Público no combate à violência contra a mulher”, disse Portela.
Eduardo Suplicy (SP) – “Relatamos o quanto queremos ajudá-la no máximo de nossas energias para que ela seja reeleita e como será positivo que o Governo tenha uma interação ainda maior e melhor com todos nós senadores da própria bancada do PT, mas, também com os 81 senadores”, ressaltou Suplicy que também mostrou confiança na expectativa de manter o diálogo dos senadores com os ministros.
Jorge Viana (AC) – Segundo o senador, a reunião foi absolutamente positiva. Depois de ouvir sugestões e críticas dos senadores e se comprometer a se empenhar para resolver os problemas levantados, Dilma falou sobre sua confiança no País. “Confesso que nunca tínhamos tido uma conversa tão boa, tão positiva, tão comprometida com o País como tivemos hoje”, resumiu.
Paulo Paim (RS) – O senador relatou que conversou com a presidenta Dilma sobre a necessidade de encontrar um caminho para sobre do fator previdenciário. “Vamos dialogar para que encontremos o caminho, de bom senso, criando uma alternativa ao fator previdenciário”, disse. O fator previdenciário é usado no cálculo dos benefícios previdenciários dos trabalhadores, levando em conta o tempo de contribuição, a idade do segurado e a expectativa de vida.
Walter Pinheiro (BA) – Na avaliação do senador, o encontro foi importante para estreitar as relações e ajustar problemas. “Nós fizemos uma reunião, inclusive, para sugerir, para ajustar – é bom ajustar de vez em quando – debater os temas da sociedade e o nosso papel, e não para transformar a reunião em um verdadeiro muro de lamentações ou para entregar um rol de reivindicações”.
Fonte: Site do PT no Senado