O  Senado aprovou, em sessão remota nessa quinta-feira (18), um projeto de  lei que suspende o pagamento de parcelas de contrato de crédito consignado por 120 dias. Servidores e empregados públicos, trabalhadores  de empresas privadas, aposentados, pensionistas e outros segurados que  recebem benefícios previdenciários serão alcançados pela medida, que  agora segue para votação na Câmara dos Deputados.

Segundo  o senador Humberto Costa (PT-PE), que votou favoravelmente à proposta,  as novas regras vão ajudar a aliviar as dívidas daqueles que contraíram  obrigações anteriormente e, em razão da pandemia do coronavírus,  perderam capacidade financeira de honrar seus compromissos.

Muita gente teve drástica redução de renda por conta da crise que tomou conta do mundo e, especialmente, do Brasil”.

Senador Humberto

De acordo com Humberto, mesmo os servidores públicos e os que não tiveram queda nos seus benefícios previdenciários, como aposentados e pensionistas, todos estão sendo chamados a contribuir mais na família, tendo em conta que houve quem perdesse dentro de casa

Segundo o  senador, não se trata de estimular a inadimplência ou mesmo o calote,  como muitos opositores do projeto quiseram sugerir. “É uma questão de  humanidade. Os bancos receberam uma ajuda bilionária do governo e, num  momento como este, é imprescindível que os mais vulneráveis sejam  socorridos também. Futuramente, quando a normalidade voltar e as  condições de todos forem restauradas, as parcelas poderão ser retomadas e  as dívidas quitadas”, concluiu Humberto.

As  prestações suspensas nestes 120 dias serão convertidas em parcelas  extras com vencimento após o fim do período de vigência da lei. Elas não  poderão ser acrescidas de multa, juros de mora ou quaisquer outras  penalidades legais. A inscrição em cadastro de inadimplentes e a busca e  apreensão de veículos financiados também ficam vedadas.