Presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal, o senador Humberto Costa (PT-PE) comanda, a partir desta quarta-feira (11), uma diligência ao estado de Roraima para investigar as denúncias de violência contra os Yanomamis. Infanticídio, estupro, homicídio e desaparecimento de indígenas são alguns dos casos relatados por lideranças da região nas últimas semanas.

Foto: Roberto Stuckert Filho

“O que nos chega são cenários aterradores, casos escabrosos e atentatórios aos direitos humanos. Tudo isso estimulado pela cruzada que esse governo nefasto de Bolsonaro abriu contra os indígenas”.

O requerimento de Humberto para a ida a Roraima, onde fica o território Yanomami alvo do conflito com o garimpo ilegal, foi aprovado na semana passada. O senador pediu apoio logístico e de segurança ao governo federal, mas não recebeu retorno até a tarde desta terça-feira. Sem avião da Força Aérea Brasileira (FAB), o deslocamento até a área no meio da floresta amazônica fica prejudicado.

Mesmo assim, cerca de 10 parlamentares, entre deputados e senadores, devem participar das diligências em Boa Vista, capital do estado. A agenda prevê reuniões com representantes do Ministério Público Federal e Estadual, Polícia Federal, Defensoria Pública, Exército, Funai, Conselho Indigenista e Assembleia Legislativa e do governo de Roraima.

O primeiro compromisso de Humberto, nesta quarta, será com os próprios indígenas e também com indigenistas. O senador quer abrir as diligências colhendo os depoimentos dos principais interessados e ouvindo os relatos sobre a situação dos povos originários em Roraima.

“Não podemos assistir impassíveis a essa situação. As diligências têm o objetivo de ouvir os Yanomamis e demais povos e apurar as providências que estão sendo tomadas pelas autoridades para combater essa onda de violência e proteger os indígenas e suas terras, como determina a Constituição”, afirma Humberto.