Humberto: “Se for paz, será paz. Se for guerra, será guerra”


O líder do PT, Humberto Costa, endureceu o discurso contra a oposição no Senado nesta quinta-feira (2/6) e garantiu que a base governista deve adotar postura mais dura na relação com os parlamentares do bloco. “Nosso objetivo aqui não é quebrar o relacionamento amistoso que tínhamos desde o início dessa legislatura. O problema é que são eles que estão forçando a mudança de comportamento. Se for paz, será paz, se for guerra, será guerra”, disparou.
Humberto Costa afirmou, ainda, que “a oposição do Senado padece de síndrome bipolar”. Segundo ele, o grupo oscila entre um sentimento de “superioridade” e a “depressão”. “Na maior parte do tempo fica achando que tem o tamanho que já teve um dia, quando na verdade ela foi derrotada no ano passado de forma fragorosa. E numa outra parte do tempo ela tem o seu lado depressivo e aí faz uma grande bagunça, como foi ontem”.

Ouça entrevista com senador sobre o tema
 
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As declarações de Humberto foram motivadas pelo descumprimento do acordo do bloco oposicionista e com governo para a votação de Medidas Provisórias na noite da última quarta-feira (1º). Por uma manobra regimental, a oposição conseguiu derrubar duas MPs prolongando o debate até que sua vigência expirasse.
“A oposição na terça-feira reivindicou um acordo com o qual o PT não concordava (dar mais prazo para a tramitação dos projetos de conversão no Senado), mas terminamos aceitando que a votação das três MPs ficasse para a quarta-feira com a garantia de que seriam votadas. No entanto, a oposição desde o início queria apenas protelar a discussão”, explicou o líder.
Humberto Costa anunciou também a primeira atitude contra a oposição: derrubar o acordo em torno da votação da PEC 11/01, que muda o rito das medidas provisórias. Segundo o senador petista, a chance da bancada do PT votar a favor da proposta “é zero”.
PROJETOS – Foram duas as medidas provisórias derrubadas, uma que unificava o piso dos médicos-residentes e dava gratificação aos servidores da Advocacia Geral da União (MP 521/10) e a outra que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (MP 520/10). O senador lamentou que as duas medidas, que afetam a saúde pública, perderam a validade.
*Com informações da Agência Senado