Mais Médicos: mais 177 profissionais cubanos chegam a Recife

Eles atuarão em 78 municípios de Pernambuco, beneficiando mais de 610 mil pessoas. Em todo o Brasil, 2.117 médicos aprovados na avaliação do programa começaram a se deslocar para os estados a partir de sábado (30). Outros 700 concluem o curso nesta quarta-feira (4/12)

Os 177 médicos cubanos que vão ocupar vagas ociosas da segunda etapa do Programa Mais Médicos em 78 municípios de Pernambuco começaram a chegar a Recife nesta terça-feira (3/12). O primeiro grupo foi recebido na manhã de ontem pela diretora do Departamento de Gestão da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Sônia Brito, na base aérea, como parte de um esforço conjunto do governo federal para recepcionar os profissionais nos estados. Em Recife, passarão uma semana conhecendo a realidade local da rede pública de saúde do estado e as características epidemiológicas da população antes de seguirem para as cidades onde vão atuar.
Esses profissionais se juntam aos 250 que já estão em atividade em Pernambuco, totalizando 427 médicos do programa em 122 municípios. Com isso, o Mais Médicos chegará a quase 1,5 milhão de pessoas que não tinham acesso a atendimento médico em atenção básica no estado. O novo grupo está entre os 2.117 que começaram a se deslocar para os estados brasileiros a partir de sábado (30), após aprovação no curso de avaliação do programa. Outros 700, totalizando os três mil médicos que desembarcaram no Brasil no início do mês, terminam o curso nesta quarta-feira (4/12).
“Com a atuação desses médicos e médicas, já na segunda etapa do programa, nós vamos conseguir atender a todos os municípios do Semiárido nordestino e da Amazônia Legal, entre outras regiões carentes do país, com o Vale do Jequitinhonha e Vale do Ribeira. Em dezembro, quando todos tiveram concluído a avaliação, vamos garantir que todos os municípios prioritários que solicitaram médicos do programa tenham pelo menos um profissional do Mais Médicos atendendo”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Atualmente, 3.678 profissionais participam do programa, sendo 819 brasileiros e 2.859 estrangeiros. Esses médicos estão atendendo a população de 1.099 municípios e 19 distritos indígenas, a maioria deles no Norte e Nordeste do país. Com os 2.117 de agora, o Mais Médicos chega a 5.795 profissionais em atuação em mais de 2.000 cidades. Até o fim do ano, serão 6,6 mil profissionais. Isso representa impacto na assistência em atenção básica em mais de 22,7 milhões de pessoas, que antes não tinham acesso a atendimento em suas comunidades.
Dos 2.300 que fizeram a avaliação na sexta-feira (29), 2.117 foram aprovados, 19 reprovados e 156 ficaram em recuperação e passarão por mais duas semanas de avaliação antes de se deslocar para os municípios. Além desses, dois médicos apresentaram problemas de saúde e voltaram para Cuba e seis ainda aguardam validação de seus documentos para seguir para os estados.
A aprovação na etapa de avaliação é condição para a emissão do registro profissional provisório pelo Ministério da Saúde, sem o qual os médicos estrangeiros não podem atuar no Brasil.
Ao longo desta semana, os 177 médicos que atuarão nos municípios pernambucanos serão apresentados aos gestores locais e receberão informações sobre as estratégias em curso no estado e nos municípios em relação à Atenção Básica, sistemas de informação e regulação, os planos de Saúde, além de fazer visitas guiadas às unidades básicas de saúde. Além de Recife, outras capitais do país receberão médicos cubanos por uma semana para conhecerem a estrutura hospitalar da rede pública dos estados antes de seguirem aos municípios.
Distribuição – A maior parte do novo grupo, 1.152 médicos, atenderá a população do Nordeste. O Norte contará com adicional de 406 profissionais e o Sudeste, 247. Em seguida vem o Sul (200) e o Centro-Oeste (112). Do total de 2.117 médicos, 47 vão atuar em 16 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).
A distribuição dos médicos cubanos nos municípios segue critérios técnicos, dando igual prioridade às cidades em que é maior a parcela de pessoas dependente completamente do atendimento ofertado pelo SUS e àquelas com alto percentual da população em situação de pobreza, conforme classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Ministério da Saúde.